quinta-feira, junho 18

O CONSELHO DE JUVENTUDE E A INVERSÃO DE PRIORIDADE


Sinceramente não entendo a postura de alguns. Qual a real relação que a Petrobrás tem com a juventude do estado da Bahia?

Sei que é uma empresa milionárias de vultuosos lucros e que interessa a muita gente. Mas não consigo entender essa INVERSÃO DE PRIORIDADE.

Não sei qual a real intenção de quem propõe a mobilização da "juventude" em prol da Petrobrás, em detrimento a dezenas de atentados a vida de jovens baianos, que cotidianamente são executados por essa política racista do governo do estado.

Não vi esse CONSELHO se manifestar nem mobilizar a juventude contra tais violências. No entanto, sou agressivamente convidado a sair de minha casa pra engrossar o caldo numa manifestação a favor de uma empresa que está sob investigação. Deixa rolar a CPI porra, "quem não deve não teme". (A polícia da Bahia diz muito isso).

Na moral galera...... SER CARA DE PAU É UMA COISA, MAS SER DESCARADO É O FIM DA PICADA


SUGIRO QUE O FÓRUM BAIANO DE JUVENTUDE NEGRA, COLOQUE ESSA MESA DIRETORA "INSTITUCIONALIZADA" NA PAREDE PRA SEBAER COLÉMERMO DESSA PATIFARIA.


O SANGUE DERRAMADO LÁ EM CANABRAVA NEM COAGULOU AINDA? PORQUE NÃO PENSAMOS NUMA MANIFESTAÇÃO LÁ. ISSO NÃO INTERESSA NÉ? NÃO TEM DINHEIRO PRA BANCAR CAMPANHAS ENVOLVIDO NÉ?

Aí juventude negra..... bora se ligar. Não podemos decepcionar nossa ancestralidade. ESTAMOS EM GUERRA PELA NOSSA SOBREVIVENCIA.


Ricardo Andrade

Ministro de Comunicação e relações institucionais da PCE
Movimento Negro Unificado

Associação de Familiares e Amigos de Prisioneiros



sábado, junho 6

Boca de Filme reúne mais de 70 crianças em Itinga


Aconteceu ontem, sexta feira, a 1ª edição do projeto Boca de Filme, que reuniu cerca de 70 crianças no Espaço Big Brother, no loteamento Jardim Metrópole em Itinga. O filme exibido foi “Kiriku e a Feiticeira”, que tomou a atenção de crianças, adolescentes e adultos que compareceram à mostra.

A PCE, Posse de Conscientização e Expressão, idealizadora e executora do projeto diz que a expectativa foi superada, “nossa intenção era reunir 50 crianças nessa primeira edição, mas vieram mais de 70” afirma Rosana Galo, Ministra de Desenvolvimento Social da PCE.

Além da exibição do vídeo foram distribuídos lanches, pipocas e surpresas para os presentes. Ao final da História de Kiriku, membros da PCE falaram das semelhanças entre o personagem do vídeo e as crianças do Jardim Metrópole.

- Muito de vocês aqui se parecem com Kiriku. Vocês são inteligentes, corajosos e espertos... Vamos fazer que nem Kiriku... Vamos entender quais os causadores de nossos problemas e agir de forma inteligente para resolver essas coisas ruins que acontecem aqui em nossa área. Fala de Gilberto Borges, diretor cultural da PCE em alusão as enchentes, deslizamentos de encosta e a falta de estrutura do bairro.

Na próxima quinta feira, outra sessão será realizada e a expectativa da PCE é reunir 100 pessoas com distribuição de sopão no final.




quarta-feira, junho 3

Uma Boca de Filme foi instalada em Itinga


PROJETO BOCA DE FILME

O projeto Boca de Filme é uma iniciativa da Posse de Conscientizaçã o e Expressão em parceria com a Associação Cultural Big Brother e acontecerá no Loteamento Jardim Metrópole no bairro de Itinga, cidade de Lauro de Freitas.

Boca de Filme surge a partir da necessidade diagnosticada pela Posse PCE de promover entretenimento, consciência política, despertar crítico e aquecimento cultural nesse Loteamento em Itinga.

O Loteamento Jardim Metrópole, situado no coração do bairro de Itinga, bem próximo ao Largo do Caranguejo, a poucos metros do Fazendão (Esporte Clube Bahia) e do Aeroporto Internacional de Salvador, sofre as penas de ser uma região periférica e habitada por gente negra e pobre.

Em pesquisa realizada pela AGÔ CONSULTORIA, os números mostram as debilidades e fragilidades dessa comunidade, que somada a falta de investimento público, faz dessa região uma área de risco.

Segundo a pesquisa, esse loteamento registrou 02 (dois) suicídios, 05 (cinco) homicídios, além de trocas de tiros, dezenas de agressões físicas e verbais e ameaças diversas. A pesquisa indica ainda, um alto índice de consumo de álcool e drogas do tipo: maconha, crack e cocaína entre jovens e adolescentes. Foi registrado também, uma tendência real de organização do crime nessa região, tendo em vista a presença de pontos de vendas de entorpecentes no interior dessa comunidade. A pesquisa aponta ainda, grande quantidade de indivíduos com histórico prisional e famílias com parentes ainda sobre a tutela do estado em presídios e/ou delegacias, fato que as tornam mais vulneráveis.

A polícia é a política pública mais visível nessa região. As abordagens violentas, a corrupção, as agressões a pais e mães de família, as invasões de domicílio sem mandato judicial e o estado de terror e medo, são as principais ferramentas do Estado em funcionamento nessa comunidade. Somado a isso, a falta de investimento em infra-estrutura nessa região, resulta em alagamentos, deslizamentos de encostas e o desenvolvimento de doenças diversas.

É a partir desse diagnóstico que a Posse de Conscientizaçã o e Expressão que tem sede nessa comunidade, fecha parceria coma a Associação Cultural Big Brother e planeja ações conjuntas que visam amenizar e/ou reduzir os danos dessas mazelas que afrontam a cidadania dos moradores desse Loteamento.

Boca de Filme funcionará também como célula estimuladora de produções culturais e divulgação de artistas locais, além da possibilidade de geração de renda para as organizações e grupos da comunidade.

O nome BOCA DE FILME por si só já se apresenta como ferramenta de desconstrução do estigma de que essa comunidade carrega. O Jardim Metrópole é tido como uma grande “boca de fumo” e nós como comunidade organizada sentimos a necessidade de combater esse estigma dizendo que aqui funciona uma Boca de Filme, onde a comunidade se reúne para assistir filmes, documentários e produções independentes. Isso elevará a auto-estima de nossas crianças e adolescentes nas escolas e praças além de provocar uma nova leitura dos currículos que apresentam o nome desse loteamento como endereço residencial.

Boca de Filme reunirá nos fins de semana a comunidade para assistir a documentários, filmes de produção independentes, peças teatrais além de produções audiovisuais produzidas na própria comunidade: documentários, clips de rap, jornais, partidas de futebol etc. Boca de Filme pretende ainda pleitear a liberação para exibir as aulas do Telecurso que serão utilizadas como reforço escolar para alunos de escolas públicas com baixo rendimento escolar.

A parceria com a Associação Big Brother garantirá o espaço físico para realização da atividade e ainda a distribuição de sopão ao final de cada exibição.

Entidades parceiras como MNU, CMA Hip Hop, ASFAP, CDCN, Rede Ayiê Hip Hop, Fórun Bahiano de Juventude Negra, SUPPIR e a Defensoria Pública) ajudarão nas questões técnicas, na seleção dos vídeos e na proposta pedagógica do Projeto.

Ricardo Andrade
Ministro de Comunicação e
relações institucionais
PCE (Posse de Conscientizaçã o e Expressão)
ASFAP (Associação de Familiares e Amigos de Presos)
(71) 8725-2639


SINOPSE

O desenho que será exibido nessa primeira edição conta a história de

Kiriku.

Kiriku é um menino que já falava quando ainda estava na barriga da mãe. Na verdade, foi ele quem escolheu seu próprio nome logo que nasceu. Ele está destinado a libertar uma vila africana de uma feiticeira chamada Karaba, que secou as fontes de água e sequestra os homens do local. Kiriku vai até o sábio da montanha, conhecedor do segredo de Karaba, e em seguida parte para enfrentar a feiticeira.


Essa história faz parte do folclore africano e fala da determinação na luta pela liberdade. Kiriku nasce para ser livre, tanto que quando ainda está na barriga da mãe ele diz: "Mãe, dê a luz a mim!" Segundo o diretor e roteirista, Michel Ocelto, foi também um grande oportunidade para mostrar o povo africano e alguns de seus valores. O roteiro foge do óbvio, ao contrário do que acontece em outras produções do gênero. E conta ainda com boa trilha sonora e personagens cativantes.

A trilha sonora do filme foi feita pelo senegalês Youssou N´Dour, um dos mais famosos músicos africanos, que tornou-se popular pela música 7 seconds