sexta-feira, julho 17

Oficina de comunic’ação oportuniza juventude local


A oficina de comunicação e produção de jornal comunitário proposta pela SUPIR, Superintendencia de Promoção da Igualdade Racial SEJUT, Secretaria de Juventude e Trabalho e SAE, Secretaria de Ações Estratégicas se consolidou como uma importante  iniciativa no programa Cuidado do Seu Bairro, realizado de 13 a 18 do corrente mês no Loteamento Jardim Talismã.  A ação proporcionou momentos importantes permitindo que a comunidade interagisse com secretários sobre os diversos temas da administração pública. 

‘A comunicação liberta e empodera às comunidades. Informação é um bem muito precioso. Proporciaonar a condição necessária para que a comunidade possar produzir seu próprio conteúdo informativo é concerteza uma política revolucionária. vamos estender a ação para outras comunidades’ afirma Ricardo Andrade, coordenador da oficina.

O vice prefeito Bebel Carvalho em conversas com os alunos da oficina, garantiu 20 bolsas do curso de  webdesigmer no SENAI para que os participantes da oficina possam dá continuidade ao informativo produzido na oficina.

quinta-feira, julho 9

Câmara dos deputados do Chile aprova lei que descriminaliza maconha,


Com boa margem de votos (68 a favor, 39 contra e 5 abstenções), a Câmara dos Deputados do Chile reconheceu, hoje, que a regulamentação do consumo e do autocultivo da maconha é a melhor solução para os problemas decorrentes do tráfico de drogas. 
Após alterações no texto, ainda faltará a aprovação do Senado para que, por fim, a regulamentação vire lei.
"Podemos negar que, quando os jovens usam maconha pode e não podem cultivá-la devem recorrer ao tráfico para comprá-la, abrindo a porta para drogas mais pesadas como a cocaína e a pasta base? Todos nós sabemos que isso acontece, e quem não sabe provavelmente precisa ir mais às ruas", argumentou a deputadaCamila Vallejo Dowling.
Ainda que os fatos sejam claros e até óbvios, infelizmente muitos ainda tentam empurrar a discussão para o campo da repressão e ampliação do direito penal, política que multiplicou o número de presos no país sem qualquer avanço no combate ao tráfico, mas que garantirá os lucros dos pretensos gestores do sistema prisional privado que alguns parlamentares, no esteio da votação da redução da maioridade penal, querem aprovar como uma suposta solução para a falta de vagas e o sucateamento do sistema prisional brasileiro.

Precisamos urgentemente de um debate sério e qualificado em torno das iniciativas para a regulamentação da cadeia produtiva, da venda, da posse e do autocultivo da cannabis, inclusive permitindo a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos no Brasil, o que é vedado pela atual legislação. Neste sentido, apresentei o Projeto de Lei 7270/2014 (http://migre.me/qGAwH), uma proposta que contempla as iniciativas mais avançadas em prática no mundo.Parabéns, Chile, por dar o primeiro passo rumo a uma política de segurança pública verdadeiramente efetiva, e que reconhece e respeita as liberdades individuais!

Relatório de CPI confirma ‘genocídio’ de jovens negros no Brasil


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra Jovens Negros e Pobres apresentou relatório, na terça-feira (7), no qual afirma existir um “genocídio institucional” contra jovens negros no Brasil. O grupo pretende finalizar os trabalhos com um plano nacional de enfrentamento a violência contra jovens.
Após visitar três estados, com mais duas audiências externas marcadas em Porto Alegre e Recife, sexta-feira (10) e segunda-feira (13), o deputado e presidente da comissão, Reginaldo Lopes (PT-MG), afirma que há um “mito” de que não existe racismo no Brasil.
“O relatório definiu, de forma preliminar, que há racismo no Brasil e isso é justificado pelo número de mortes de jovens negros e pobres entre 15 e 29 anos, que fica próximo de 80% dos homicídios. Essa taxa se soma ao que chamamos de morte simbólica, quando há ausência de políticas públicas no estado”, explica o deputado.
O Plano Nacional de Enfrentamento proposto pela relatora Rosângela Gomes (PRB) deve ter a duração de uma década e seria avaliado a cada quatro anos. A comissão pretende ainda exigir que cada estado e município elaborarem seu próprio projeto para traçar metas e cumpri-las.
Segundo o presidente da CPI, o relatório traz ainda a diferença entre o nível educacional de brancos e negros, a qualidade de profissão e a remuneração de ambos. Segundo Lopes, o Brasil foi o único país que ao abolir a escravidão retirou 10 artigos do texto que previam direitos como terra e educação.
“A escravidão é uma herança histórica para o Brasil e queremos mudar o país violento que estamos vivendo para um lugar pacífico. Queremos diminuir o número de 60 jovens mortos para cada 100 mil habitantes para um número de apenas um digito”, afirma.
Os deputados pediram vista coletiva ao final da apresentação do relatório e devem votar o texto na próxima terça-feira (14).

quarta-feira, julho 8

Por que Heraldo nunca foi ofendido e Maju acabou discriminada?


Repórter especial em Brasília, Heraldo Pereira ocupa a bancada do Jornal Nacional na cobertura de folgas e férias do titulares desde 2002. Foi o primeiro jornalista negro na função desde a estreia do telejornal, em 1969.
Ser âncora do JN proporciona uma visibilidade muito maior do que ser ‘moça do tempo’. Então por que Heraldo, em 13 anos, nunca sofreu a mesma ofensiva racista direcionada a Maria Júlia Coutinho, que está na equipe do telejornal há apenas dois meses? Aliás, não foi a primeira vez que a jornalista tornou-se vítima de cyberbullying.
Apresento quatro conclusões pessoais e meramente especulativas:
Sexismo e misoginia – Homem pode chegar no topo da profissão. Mulher? Não, mulher não pode. É inegável que o racismo em relação a Maju está impregnado também de machismo. Na sociedade brasileira do século 21, o sexo feminino ainda é visto por muitos como inferior, menos capacitado, com menor mérito. Maria Júlia ‘ousa’ falar de igual para igual com seu chefe, William Bonner. Já chegou até a corrigi-lo no ar. Essa independência e a força feminina incomodam, ainda mais quando associadas à cor da pele. Estudiosos afirmam que, no Brasil, a mulher negra sofre ainda mais preconceito do que o homem negro.
Negritude explícita – Maria Júlia assume quem é. Usa cabelo black power e dispensa maquiagem que clareia a pele. Ela não tenta disfarçar (inutilmente) sua origem étnica, como muitos o fazem ao chegar à TV. Em mais de uma ocasião, a apresentadora Regina Casé disse que, se a mulher é negra, mas tem o cabelo naturalmente liso ou alisado, é vista e tratada como branca, ou quase isso. Mas se é negra e tem o cabelo ‘pixaim’ (termo usado por ela), aí passa a ter um grande problema para ser aceita. O preconceito estético relatado por Casé tem lógica. Obviamente toda mulher tem o direito de usar o cabelo do jeito que quiser. Maju prefere os cachos crespos que evidenciam sua negritude. Não tenta disfarçar para, talvez, ser melhor aceita.
Alto custo da popularidade – Todo mundo já ouviu falar do tal preço da fama. Não é balela. Cobra-se realmente um pedágio de quem conquista o sucesso. Estar no horário nobre da TV é tornar-se a vidraça para pedradas. O JN já teve dezenas de ‘moças do tempo’. Porém nenhuma conseguiu o mesmo destaque de Maju. O carisma a transformou, num período de poucos dias, em queridinha da Globo e do público. Esse status incomoda quem não tolera a ascensão alheia. Heraldo Pereira sempre teve uma performance discreta no Jornal Nacional. Restringe-se aos textos gerados no teleprompter. Já Maju é a expansividade em pessoa. Improvisa, ironiza, ri, domina a cena. Virou celebridade, tem fãs. Isso é ultrajante para quem se incomoda com a presença de mulheres e/ou negros numa posição de destaque.
Puro recalque – A melhor resposta para os ataques racistas partiu da própria Maria Júlia Coutinho. Numa rede social, ela mandou ‘beijinho no ombro’ a quem a ofendeu. Cito aqui uma frase do midiático pintor espanhol Salvador Dalí (1904-1989): “O termômetro do sucesso é a inveja dos descontentes”.
Fonte: Terra

terça-feira, julho 7

Que loucura do Corregedor da PM, Coronel Souza Neto. Será que fica na Corregedoria ?




O deputado federal Daniel Almeida (PCdob) classificou como "lamentáveis" as declarações do corregedor da polícia militar, coronel Souza Neto, ao afirmar que "se todos os policiais agressores fossem exonerados, as ruas ficariam sem policiais". "Lamentável que alguém que tem a responsabilidade de punir e garantir a integridade das pessoas faça esse tipo de manifestação. Acaba sendo um estímulo para cometer crimes", afirmou.
 
O comunista afirmou que vai fazer um pronunciamento na Câmara Federal nesta terça-feira (7), em defesa do jornalista, Marivaldo Filho.

Fonte:  Bocão News.

Câncer na boca acomete mais jovens por causa de sexo oral sem proteção


Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador de verrugas no colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.

Homens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.

Outros países como Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV. Na Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e, agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora Maura Gillison.

Segundo ela, alguém infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.Os resultados do levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. 

Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.

Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.

sábado, julho 4

Atleta do Projeto Lutar para Vencer de Lauro de Freitas ganha medalha de bronze em campeonato brasileiro


Ele tem apenas 16 anos. Mas apesar da pouca idade já é um vencedor e sonha alto. Reidler Soares Freitas, morador de Lauro de Freitas, é um dos atletas de boxe assistidos pelo projeto Lutar Para Vencer, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF), desenvolvida por treinadores e educadores físicos voluntários. Praticante do esporte há quatro anos, o adolescente já começa a colher os frutos da disciplina e determinação. No último domingo, ganhou medalha de bronze no 8º Campeonato Brasileiro de Boxe Masculino Cadete, na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Único filho homem, o garoto apelidado pelo pai de “Falcão” afirma que tem total apoio da família. Amante do esporte, Reidler diz que está sempre tentando convencer os amigos a participarem do projeto. “Sempre trago alguém. Quando estamos aqui treinando esquecemos da coisas ruins. Sem falar que é muito bom para o corpo . Gosto muito mesmo e vou fazer boxe a vida inteira”, confessou o adolescente que já se prepara defender Lauro de Freitas em mais uma disputa, o Campeonato Baiano de Boxe .

Além de Reidler, o projeto Lutar Para Vencer, apoiado pela gestão pública, através da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer PMLFcontempla outros 249 jovens e crianças. Com aulas de segunda a sábado realizadas no Parque do Saber (Centro), Na Escola Governador Mário Covas (Parque São Paulo) e no Colégio Eurico Santana (Itinga), a iniciativa conta com uma equipe de oito profissionais, entre treinadores e professores de educação física.

De acordo com o treinador conhecido como Reizinho, é perceptível a mudança no comportamento das crianças e jovens atendidos pelo projeto. “Muitos chegam aqui arredios, outros calados. Com passar do tempo desenvolvem a concentração, começam a ter boas relações entre os colegas, além de praticar o esporte. Costumo dizer que temos aqui muito mais do que a prática esportiva, é um trabalho social mesmo”, frisou o treinador.

Fonte: DECON PMLF
Fotografia: Edmar de Paulo

sexta-feira, julho 3

Com força, raça e emoção o Ver. Prof. Paulo Aquino recebe homenagem do MARV, mestres, contra mestre e dos demais capoeiristas.



Foi lançado no ultimo dia 2, dia da Independência da Bahia o pólo de capoeira de Lauro de Freitas. A iniciativa foi do Movimento de Apoio e Respeito à Vida (MARV) que escolheu a data estrategicamente em referencia a esse importante momento da história que libertou definitivamente o Brasil dos colonizadores portugueses.  

O vereador Paulo Aquino, mentor do MARV foi homenageado pelos contramestres Sulamir, Paulo e o professor Didico, integrantes do poló. Para o vereador, essa iniciativa surge para fortalecer a identidade cultural afrobrasileira e colocar Lauro de Freitas no circuito das comemorações da independência. 

Racismo no horário nobre



As manifestações racistas sofridas por Maria Júlia, que apresenta a previsão do tempo no Jornal Nacional da Rede Globo, revelam um sentimento muito vivo e enraizado no consciente de uma boa parte da população brasileira.

Discordo plenamente que tenha sido um fato isolado ou de responsabilidade de umas 50 pessoas como afirmou o principal ancora do Jornal global. No fundo, no fundo sabemos que muita gente pensa dessa forma, talvez não tenham tido a coragem de externar, mas com certeza não aceitam de bom gosto uma mulher negra com seu sorriso encantador servindo de referencia pra suas filhas de olhos azuis.


O ideal seria que ao invés de tentar minimizar os fatos, a emissora travasse um importante debate nacional a respeito desse mal que perdura de geração a geração

Ipitanga Fruto da Memória e Identidade



A alusão ao fruto pitanga (originalmente, "piranga", sendo "pitanga" uma variante vermelha do fruto, naturalmente alaranjado), está associada, em nível etimológico, à terminologia tupi Y-Pitanga, tópônimo ancestral  da localidade que originou o antigo distrito de IPITANGA onde, antes, em tempos memoriais, fora fundada a Freguesia de Santo Amaro do Ipitanga (1608), e, posteriormente, o atual município de Lauro de Freitas (1962), situado na RMS - Região Metropolitana de Salvador - Bahia - Brasil, cujo território geofísico resguarda no Rio Ipitanga seu elemento fundamental de pertença identitária e defesa de suas referências ancestres mais elementares.

O reconhecimento e exaltação do Ipitanga consiste numa ação de relevante pertinência, a um só tempo, para a salvaguarda do patrimônio material e imaterial, visto que contempla não só um ente ambiental, quanto um valor identitário, constituindo-se, talvez, como a mais contundente iniciativa de afirmação e paração da memória local, desde sua emancipação política.

A salvaguarda de tal pertencimento evidencia o valor irrefutável de preservação da matriz indígena como viga mestra da gênese de uma nova jornada que já se prospecta promissora em seus possíveis reflexos positivos num futuro próximo (e porque não dizer próspero?), para o ambientalismo, empreendedorismo, turismo e economia do município de Lauro de Freitas, ao tempo em que referenda a ancestralidade e consolida sua identidade territorial num ato louvável sem precedentes na história  local e que se coaduna, de modo oportuno, com as celebrações relativas à EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE LAURO DE FREITAS - 31 DE JULHO, um momento, afinal, legitimamente apropriado para reflexões acerca de temas concernentes à história e memória municipal.

Ao reconhecer o Ipitanga como nascedouro ancestral, reafirma-se no imaginário popular a matriz indígena e, mais que isso, registra-se nesse solo e tempo, um olhar sensível à necessidade de acolher o passado para gestar e reger o futuro.
De tal entendimento, aliás, e tendo em vista o ativismo ideológico exercido pelo célebre e saudoso Poeta de Ipitanga, Tude Celestino de Souza (pioneiro na defesa da memória municipal associada ao rio e considerado precursor da ideologia "ipitanguense" pela identidade de Lauro de Freitas, falescido em 21 de Julho de 1989), decorre a instituição do DIA MUNICIPAL DA MEMÓRIA DO IPITANGA - 21 DE JULHO, estabecendo um calendário oficial para o debate e reflexão do binômio ancestralidade e identidade.

Ressalte-se que a essa iniciativa subjaz um importante elemento  diferencial do município como protagonista de uma atitude inovadora com potencial de inspirar outras localidades em cujos patrimônios memoriais se resguardem pertencimentos vários e sua própria identidade, a exemplo dessas terras de águas vermelhas por nascimento - indígena, portanto, desde Pindorama. 

Eis aqui, então, a nobre missão "dos filhos deste solo", desses filhos do Ipitanga, desse povo, desde sempre, ipitanguense, desse povo cujo "brado retumbante" se faz ouvir às margens de um outro rio de águas vermelhas - já que, tanto Ipiranga quanto Ipitanga, sejam, por definição tupi,  rio vermelho: ressignificar e empreender seu futuro e identidade, reverenciando a memória de suas águas primeiras, de suas águas-pitanga, que, afinal, como nos disse Vygotsky, "o que diferencia o homem do animal é o exercício do registro da memória humana".

Por: Tina Tude


*Tina Tude é atriz e educadora.  Fundadora do CMCLF - Conselho Municipal de Cultura de Lauro de Freitas e membro da ALALF - Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas. Além de intérprete e guardiã da obra do poeta Tude Celestino de Souza, colabora com iniciativas pela educação e cultura, como Amantes de Conhecimento, Cepa e Fala Escritor. Ativista social, agente cultural e  consultora educacional, é Idealizadora e Presidente de Honra da ONG ATiTude CelesTina - Educação, Cultura, Cidadania e Ambientalismo, que atua em ativismo pela salvaguarda das pertenças ancestrais e identidade ipitanguense no território do município de Lauro de Freitas - RMS -  Bahia - Brasil.

quinta-feira, julho 2

Marco Aurélio critica 'pedaladas regimentais' para aprovar redução da maioridade

ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Marco Aurélio Mello criticou nesta quinta-feira (2) as "pedaladas regimentais" utilizadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para aprovar o texto que reduziu a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.
"A matéria constante de Proposta de Emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. E nesse período muito curto de 48 horas, não tivemos duas sessões legislativas", afirmou Mello, em entrevista à Radio Estadão. 
Sem citar Eduardo Cunha, Marco Aurélio criticou a postura. "Vivenciamento tempos muito estranhos. Com perda de parâmetros, abandonos de princípios. Não se avança culturalmente assim. Abandonando a Constituição Federal, isso é um retrocesso", criticou o ministro.
O magistrado repetiu seu posicionamento contrário à redução da maioridade penal. "Não é a solução, e acaba dando uma esperança inútil à sociedade. Como se após esta redução, tivéssemos melhores dias. Precisamos combater as causas", afirmou. 
Sobre a argumentação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que emenda seria um texto diferente do rejeitado, mas com emendas aglutinativas, Marco Aurélio diz que “há argumento para tudo” e que, “quando se quer fazer alguma coisa, sempre há uma justificativa”. "Estou dizendo apenas como eu leio a Constituição Federal. Quem sabe eu precise a essa altura da vida ser alfabetizado? A coisa é tão clara... Estamos cansados de dizer isso em plenário. Eu não estou ressuscitando ponto de vista. É o que eu fiz nestes 25 anos no Supremo. Será que o Supremo errou tanto até aqui?", ironizou.
Fonte: Jornal do Brasil