Lauro de Freitas tem o oitavo maior colégio eleitoral da Bahia com 118.681 eleitores divididos por duas grandes zonas eleitorais. Tomando como referência a Estrada do Côco, no sentido litoral norte, podemos afirmar que a 180º zona abrange o lado leste da cidade, incluindo o bairro de Portão. Já a zona 204º zona eleitoral compreende toda lado oeste. Veja o gráfico.
Em número de eleitores ficamos atrás apenas da capital Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna, Juazeiro e Ilhéus.
Outro fato importante a ser analisado é o número de mulheres, que já supera os homens, tornando nosso eleitorado majoritariamente feminino, e esse fato traz novos ingredientes para a disputa eleitoral. Não há como não considerar esses números. É impossível fazer uma plataforma política sem incluir as concepções antimachistas e a garantia dos direitos femininos. Os partidos e coligações sofrerão uma pressão ainda maior para atender o percentual de mulheres garantido por lei.
Ailton Borges, analista político afirma que essa eleição será sem sombra de dúvidas a mais difícil e improvável de todos os tempos. Não existe uma receita, um passo a passo a ser seguido. A grande maioria das referências e estratégias utilizadas antigamente pode não ser aplicada nessa conjuntura. A crise política e econômica tende a gerar grandes surpresas nessa eleição. O desejo de renovação dos quadros políticos é a grande aposta dos pequenos candidatos e daqueles que nunca disputaram uma vaga para o parlamento.
As mudanças nas regras, a diminuição do tempo de campanha e a rigidez no sistema de fiscalização darão novos ares a esse processo eleitoral. O quociente eleitoral deve ficar em torno de 5.500 (cinco mil e quinhentos votos) e isso levará os partidos a fazer coligações cada vez maiores para obter o mínimo dos votos determinado pela lei.
No universo das principais ideias defendidas nas plataformas de campanha a exemplo de saúde, educação, emprego, transporte e etc, verifica-se que as discussões em torno do combate ao racismo e intolerância religiosa pode ser um fator de relevante influencia eleitoral. Há algum tempo a imprensa e as redes sociais vêm sendo invadidas com denuncias de racismo e ódio religioso é bem provável que essas pautas sejam uma constante na agenda dos principais candidatos.
O mesmo pode ser observado com a temática da segurança pública. É quase que unânime o desejo dos eleitores por uma política que traga soluções para o problema da violência que dizima principalmente jovens negros nas preferias de nossa cidade.