sexta-feira, novembro 30
sexta-feira, novembro 23
2º Enconto Juvenil de Lauro de Freitas
Lauro de Freitas, vive o paradoxo de duas cidades, uma negra na
periferia e outra branca no centro e orla. Estas duas cidades fazem parte do processo
civilizatório da cidade desde do seu começo, tendo a cidade participado do
ciclo da cana de Açúcar no final do Século XVIII, mas não conseguiu incluir de
forma orientada os saberes e conhecimentos do povo negro, no processo de
desenvolvimento da cidade. No final dos anos 70 com a expansão imobiliária de
Salvador, mas uma vez viu-se a chegada de mais negros em Lauro de Freitas,
trazendo seus fundamentos religiosos, para cidade , que era
uma grande reserva verde, nos anos 80, mais uma vez houve um crescimento
populacional em Lauro, com a chegada dos Condomínios de Classe Média,
construídos por mãos negras, que foram morar na periferia da cidade.
Ao
longo do tempo, estas diferenças aumentaram, gerando uma pressão social,
emocional e econômica na periferia da cidade, que viu chegar situações de
riscos sociais, sem que haja do Poder Público, a compreensão que é preciso
valorizar as grandes contribuições civilizatórias do povos afro descendentes
que são maioria na periferia da cidade, esta falta de alternativa e de
políticas direcionadas para valorização da arte, da cultura, dos conhecimentos,
dos saberes e fazeres, das tecnologias e da criatividade, fazem surgir um
acirramento entre as pessoas que vivem nos territórios periféricos da cidade,
gerando um problema social, que precisa de saídas criativas, capazes de
estimular sobre tudo a juventude, que é mais atingida por esta situação, que a REVER
DUDU, esta tentando com este evento, criar um pacto de entendimento, a partir
de debates, que estimulem um novo olhar político destes jovens para a cidade
que vivem, observando que os mesmos podem se organizar a partir de temas, mais
recorrentes para o desenvolvimento de suas vidas e do Município onde vivem e
moram.
Com
o II Encontro Juvenil de Lauro de Freitas pretendemos criar um espaço de
diálogos com os grupos “famílias” existentes no bairro de Itinga. A proposta é
proporcionar a esses jovens um contato com organizações sociais que desenvolvem
trabalhos em suas comunidades. Com isso, acreditamos que os mesmos serão
provocados a pensar suas comunidades numa perspectiva de transformação.
Ao
final do projeto, eles devem está aptos a repensarem seus papeis e participação
nas comunidades onde moram. Serão conscientizados que o comportamento e as
ações da juventude hoje, influenciarão e definirão a sociedade de amanhã.
Ricardo Andrade
Movimento Negro de
Lauro de Freitas
quarta-feira, novembro 21
Empresários não respeitam lei
Vários trabalhadores e trabalhadoras de Lauro de Freitas reclamaram o não cumprimento do feriado de 20 de novembro por parte de seus patrões. A maioria dessas reclamações partiram dos empregados de grandes intuições como Mix Supermercado e Lojas Insinuante que mantiveram as lojas funcionando, desobedecendo a lei promulgada.
Em comentário publicado nesse
blog, um trabalhador afirma que fez diversas tentativas de falar com o
sindicato, contudo, não obteve êxito, e não curtiu o feriado de 20 de novembro.
Cabe agora o vereador autor da
Lei, Luis Maciel PT, e a própria câmara municipal dessa cidade mostrar à
população, se o que se institui nessa casa tem ou não poder de intervir na vida
das pessoas.
domingo, novembro 18
Negros são as principais vítimas de homicídios no País,
Negros são as principais vítimas de homicídios no País, revela estatística sobre violência
No mês em que se comemora o Dia Nacional da
Consciência Negra, o enfrentamento à violência contra os negros ganha força e
espaço para discussões em todo o País. Uma pesquisa de opinião pública,
divulgada na semana passada pelo DataSenado, mostrou que a maioria da população
brasileira acredita que os homicídios de brancos e negros ocorrem na mesma
proporção. Em contrapartida, as estatísticas comprovam que essa proporção é
desigual e crescente. O Mapa da Violência 2012 revela que o número de
homicídios de vítimas negras cresceu 23,4% entre 2002 e 2010, enquanto o de
vítimas brancas caiu 27,5% no mesmo período. Entre os jovens, os números são
ainda mais alarmantes.
Dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)
do Ministério da Saúde revelam que, apenas em 2010, mais da metade dos
assassinatos registrados no Brasil (53,3%) foi de vítimas com idade entre 15 e
29 anos. Entre elas, 75% eram negras. "Para a polícia, o jovem negro já é
culpado", afirma Rosana Aparecida da Silva, secretária de Combate ao
Racismo da Central Única de Trabalhadores (CUT) em São Paulo. Na opinião dela,
projetos para capacitar os profissionais que lidam com os jovens,
principalmente a polícia, são necessários.
Diante dos altos índices, o Comitê Contra o
Genocídio da Juventude Negra, que reúne mais de 30 organizações de defesa dos
direitos humanos, elaborou uma carta-manifesto para chamar a atenção da
sociedade sobre o atual cenário de violência. O documento alerta que os
assassinatos têm sido sistemáticos e incidem, em especial, sobre a etnia negra.
Cita, por exemplo, que a polícia foi responsável por 20% dos homicídios da
capital paulista no primeiro trimestre deste ano. "O nosso objetivo é
tentar, o quanto antes, acabar com o genocídio e extermínio de um grupo, uma
etnia. Sem dúvida, o número de homicídios é maior do que o que mostram as
estatísticas", afirma o pesquisador e militante do comitê, Ailton Santos.
Entre as
ações em âmbito federal para tentar reduzir as estatísticas, a secretária de
Políticas de Ações Afirmativas, Ângela Nascimento – da Secretaria de Política
de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) –, destaca a criação do
"Juventude Viva", um plano de enfrentamento à violência por meio de
ações nas áreas da educação, saúde, cultura, esporte e acesso à Justiça.
"É uma oportunidade de fortalecer a política nacional da igualdade racial
e, sobretudo, uma ação articulada com a sociedade", explica Ângela.
Sancionado
em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de tramitar
durante 7 anos no Congresso Nacional, o Estatuto da Igualdade Racial foi um
ponto de partida no combate à discriminação e no compromisso do Estado
brasileiro em promover políticas públicas, na opinião de Ângela. Para Alexandre
Braga, presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro) de Minas Gerais, a
aprovação foi uma vitória. "A grande conquista é ter um marco regulatório
que norteia as ações governamentais no campo étnico-racial. Na prática, a população
negra vivia excluída do processo social", afirmou o africanista,
secretário nacional de comunicação da Unegro.
Fonte: http://www.folhauniversal.com.br/geral/noticias/racismo-mata-15896.html#vbtAmigo
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