O
Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira de Lauro de Freitas é uma
importante ferramenta social na luta contra o racismo e um dos poucos em
funcionamento no país. Foi construído no ano de 2000, com recursos do
Ministério da Cultura e emendas parlamentares dos Deputados Federais Luiz
Alberto e Reginaldo Germano.
Em
seu projeto original, o Centro de Referência funcionaria como uma espécie de
consulado universal. Ou seja, todos os países africanos que não tivessem
consulados ou embaixadas na Bahia poderiam utilizar essa estrutura para as
reuniões e articulações diplomáticas. A proximidade com o aeroporto de Salvador
faz do centro um espaço estrategicamente viável.
O
idealista, Dr. Mário Nelson Carvalho, explica ainda que os bustos de Nelson
Mandela (referencial internacional), Milton Santos e Zumbi dos Palmares (referências
nacionais) e o nome Mãe Mirinha de Portão (referência local) fazem alusão à
abrangência da luta do povo negro, tanto na África quanto em sua diáspora.
Ainda,
segundo Carvalho, a disposição das imagens no interior do centro nos remete à
rota dos orixás e à diversidade da cultura africana. “O Centro de Referência é
uma reprodução minimizada do continente africano em Lauro de Freitas. Cada
imagem representa um seguimento étnico e suas divisões geopolíticas. Já o
auditório é a representação da união africana, é o lugar comum a todos, um
espaço sem quinas, sem pontas, um lugar arredondado, onde todos estão
representados de igual forma”, explica.
É
no Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira de Lauro de Freitas que
funciona a Superintendência de Promoção da Igualdade Racial, órgão do governo
municipal cujo objetivo é promover a igualdade e afirmar as culturas negra,
indígena e cigana na cidade.
Racismo
Institucional - Um dos maiores desafios para o movimento negro de Lauro de
Freitas, frente ao centro de referência, é o combate ao racismo institucional.
São inúmeras as iniciativas racistas que atentam contra essa estrutura,
principalmente as oriundas da casa legislativa.
No
inicio do atual governo, uma proposta de reforma do Centro de Referência foi
vetada na Câmara Municipal sem nenhum motivo justificável. Além disso, há
vereadores que pregam a retirada das imagens do centro, sob a justificativa de
estarem buscando a laicidade do estado. Porém, essa mesma Câmara faz a leitura
de um livro religioso no inicio de cada sessão.
“Economista
e militante da causa sócio-racial afro-empreendedora"
Economista/Ucsal
e Pós-graduado em Engenharia Financeira/Fundação Getúlio Vargas/Rj. Dirigente
Empresarial - Grupo Góes Cohabita( 1970 à 1995 ) Afro-empreendedor - Gomes
Carvalhos Ltda e consultor empresarial na área habitacional.
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