Projeto Akpalô Nossa História, ganhador do Prêmio Orirerê Cabeças
IIuminadas promovido pelo Centro Cultural Humaitá e Secretaria de Educação do
Estado do Paraná, Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, Fórum
Permanente de Educação para as Relações Étnico-raciais, e o Conselho Municipal
e Estadual de Educação do Estado do Paraná, ganha prêmio em 2012. As
proposições pedagógicas têm como autoras a Diretora da Divisão de Ações
Afirmativas, Mestra em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação e
Contemporaneidade da Universidade do Estado da Bahia, Rosângela Accioly e a Pós-doutora
e Professora do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, e
coordenadora do PRODESE Narcimária Luz. O PRODESE Programa
Descolonização Educação é grupo de pesquisa ligado ao CNPq.
Como desdobramento do prêmio, a
Secretaria de Educação do Estado do Paraná e o Centro Cultural Humaitá produz catálogo com relato do projeto com a
finalidade de orientar as práticas pedagógicas das escolas, quanto à
implementação das leis 10.639.03 e 11.645.08.
Para Rosângela Accioly, a
proposta descolonizadora posicionada politicamente por este grupo de pesquisa
visa superar o modelo etnocêntrico que influencia as políticas de Educação no
Brasil, reconhecendo e afirmando os contínuos civilizatórios que constituem a
identidade nacional.
O “Akpalô nossa história”, surgiu da minha necessidade, enquanto
pesquisadora de propor novas metodologias que contemplassem o legado
civilizatório dos povos aborígines e africanos nos conteúdos curriculares nas
escolas... é antes de tudo, um convite aos pedagogos(as) contemporâneos para
que vivenciem em suas práticas proposições metodológicas, a partir de um novo
continente teórico epistemológico, que trate das presenças civilizatórias
negras e aborígines no contexto da educação no século XXI”. Afirma Accioly.
A proposta é inovadora e tem como
ideia suprir a ausência das histórias de outras civilizações, além das que secularmente
o currículo escolar vem priorizando. Outro desafio que os educadores(as) tem
apresentado à aplicação das leis 10.639.03 e 11.645.08 é a falta de material
que traga o conteúdo de forma acessível ao alunado, por esta razão esta
iniciativa.
O Comitê Gestor do programa
Juventude Viva em Lauro de Freitas, a Superintendência de Promoção da Igualdade
Racial – SUPIR, e o Coletivo de
Entidades Negras - CEN apresentarão
a proposta ao Ministério da Educação no sentido de fazer com que o projeto seja
transformado numa política reparatória e auxilie na inclusão e desenvolvimento
das comunidades negras em todo o país.
“Faremos todo o esforço necessário para que o AKPALÔ seja uma referencia de politica
educacional de inclusão”. Afirma Dra. Adriana Sec. Municipal de Educação.
Rosângela Accioly Accioly Diretora da Divisão de Ações
Afirmativas da Secretaria Municipal de Educação
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