O racismo institucional pode ser compreendido como um sistema que atua de forma difusa no cotidiano de instituições e organizações, provocando uma desigualdade na distribuição de serviços, benefícios e oportunidades aos diferentes segmentos da população do ponto de vista racial.
A forma violenta com que a polícia atua nos bairros negros, os horários da coleta de lixo, a potência das lâmpadas dos postes e as propagandas institucionais, que só utilizam modelos e artistas brancos, são exemplos cotidianos do quanto à população negra sofre com o racismo institucional.
Durante todo o ano de 2014, os movimentos sociais denunciaram diversos atos de racismo, discriminação e intolerância religiosa, fatos que justificam um maior investimento nas políticas de promoção da igualdade. O superintendente de Promoção da Igualdade Racial do município, Claudio Reis, afirma que houve importantes avanços. Cláudio destaca a decisão do prefeito Márcio Paiva de convocar todo o funcionalismo público para participar das ações do 20 de novembro e fazer do debate sobre racismo institucional a pauta do dia na agenda do governo. “Políticas de promoção da igualdade não podem ser um entendimento do prefeito e da SUPIR somente. Todos nós, funcionários públicos, temos que entender e ter a sensibilidade para essa questão que é importante pra cidade”, afirmou o prefeito durante sua fala para os mais de 200 servidores que compareceram ao auditório do Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, em Portão.
A presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial (CMPIR), Sandra Regina, abriu as falas destacando a luta das mulheres negras, que sofrem dupla discriminação por serem negras e mulheres, e que a promoção da igualdade só se dará de fato se for constituída a partir da igualdade de gênero.
Ainda no 20 de novembro, entidades sociais e de diretos humanos lançaram em Lauro de Freitas o manifesto pelo fim dos autos de resistência, um movimento nacional que exige investigação para as mortes provocadas pelos agentes de segurança do estado: a polícia. Duendy 1º, Mc do grupo Fúria Consciente, fez a leitura do manifesto e lembrou os diversos casos de homicídios de jovens negros em que suas famílias nunca tiveram se quer acesso ao inquérito.
Por: Ricardo Andrade
Diretor da Superintendência de Promoção
da Igualdade Racial - PMLF
Diretor da Superintendência de Promoção
da Igualdade Racial - PMLF
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