um exército de guris podem ser
absorvidos pela violência se
as autoridades não atentarem
para o problema que é real
e pode custar muito caro.
A segurança pública é uma das principais pautas na agenda política do país. Estados e municípios vivem profundas crises de violência numa escala crescente que desafia autoridades e aterroriza a população. Vivemos no Estado uma verdadeira guerra civil, que não tem dia nem hora pra acabar. Se debruçar sobre essa pauta e desenvolver políticas que combatam a violência e ao mesmo tempo preserve a vida é um “contraditório” que poucos têm condições de fazer.
Hoje, debater violência e não levar em consideração siglas e expressões como “êa”, “é nois”, “escorpião”, “caveira” e outras associações que são veneradas por uma massa juvenil nas periferias de nossa cidade, é discutir no vazio. A violência desemboca na política de segurança, mas nasce na ausência de várias outras políticas que deveriam está presentes no cotidiano da população.
Equipar a polícia e ampliar seu potencial bélico traz sim, uma falsa sensação de segurança, principalmente para a parcela mais abastarda da sociedade que adora ver policial armado em suas ruas, mas o que na verdade ocorre, é o aprofundamento de uma crise sem precedentes.
Nesse exato momento em nossas periferias, um exército de guris, que amanhã terão 17 anos de idade, estão no ócio, a disposição de uma política de inclusão e desenvolvimento social e humano, ou prontos pra serem seduzidos pelo crime e pela violência.
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