segunda-feira, março 5

Segurança pública

Itinga é hoje o maior núcleo urbano populacional do município de Lauro de Freitas, consequentemente demandaria atenções especiais dos poderes públicos. Entretanto e sobretudo, nos últimos anos, assim como em Salvador e Região Metropolitana, a única representação que mais tem atuado no referido bairro é o aparelho repressor do Estado. Este que, por sua vez, desprovido de uma formação pautada na questão racial como algo preponderante aos direitos humanos “ao vestir a farda, o policial negro se identifica com o poder” ou seja, sai da condição de oprimido e se transforma em opressor.

Espetáculos de barbárie tem levado o terror pra dentro dessa comunidade por meio de atos truculentos que se sucedem diuturnamente em suas mais variadas formas, seja por meio de violência: simbólica, física ou psicológica. Essas ações tem gerado todo um mal estar para o população que já não sabe mais em quem confiar.

O fato é que sob o pretexto de estar combatendo o tráfico de drogas e a violência, vários jovens dessa comunidade já tiveram os seus projetos de vidas interrompidos por esse tipo de incursões e morreram, vítimas do assédio das forças de segurança e de Justiça. E é muito importante dizer, ainda, que a truculência da polícia não tem conseguido reduzir a violência no bairro, ao contrário. Estatísticas apontam para um crescimento no número de homicídios em toda a cidade. Sobretudo nos fins de semana.

A ênfase na repressão é sem duvida uma visão conservadora da Segurança Publica, apoiada sobretudo pelas corporações policiais, que insistem em defender mais policiamento, mais armamento, rigor e repressão, enquanto que em contrapartida a isso, a sociedade civil organizada, membros das religiões de matriz africana, o movimento negro, intelectuais e simpatizantes da causa como um todo, acreditam em medidas voltadas para problemas sociais tais como: capacitação profissional, geração de emprego e, sobretudo, mais educação, cultura e esporte.

O momento é de mantermo-nos mobilizados, para defendermos o interesse coletivo no sentido de nos colocarmos frente aos atos arbitrários de RACISMO que vem ceifando vidas, de modo particular dos “nossos jovens” que, em como todo o Brasil, tem quase sempre as mesmas características: são Pobres, Negros e moradores da Periferia.

Nosso papel é recomendar e monitorar as políticas públicas de enfrentamento ao racismo, que são empreendidas pelo Opressor. REAJA!

Por:Tom França
Historiador 
Membro da P.C.E
Instituto Búzios.










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