segunda-feira, dezembro 8

Estado Brasileiro é condenado por atrocidades, genocídios e desrespeito aos direitos humanos


A condenação do Estado Brasileiro, por unanimidade, num Júri Popular aponta para a necessidade real de uma nova leitura da conjuntura político-econômico-social no Brasil.


O Tribunal Popular formado por organizações sociais, magistrados e organismos internacionais denunciou as diversas violações dos direitos humanos praticadas, financiadas e patrocinadas pelo Estado Brasileiro.

O depoimento de vítimas e testemunhas das ações inescrupulosas do estado não deixaram dúvidas sobre a culpabilidade do réu. Os testemunhos comprovaram que a violência estatal sob pretexto de segurança pública em comunidades urbanas pobres, tem um viés racial e discriminatório. A ação do BOPE e o investimento de milhões de reais na aquisição do Caveirão no Rio de Janeiro dentre outros, mostram a serviço de quem está à ação do estado.


As execuções sumárias de jovens negros na Bahia que tem o patrocínio das instituições públicas, também foram citadas no tribunal. O assassinato de Nego Bull foi referido como fato emblemático e que reflete na íntegra, as centenas de casos iguais que se repetem todos os dias nas ruas e avenidas da capital baiana e na região metropolitana. Outro fato denunciado pelos movimentos sociais da Bahia, foi a agressão que a mãe de uma das vítimas e testemunha no tribunal, sofreu dias antes de se apresentar ao júri. Dona Eliana teve sua casa invadida por policiais civis, que quando questionados por ela, sobre um mandato, proferiram palavras de baixo calão e agressões físicas contra a testemunha do tribunal. Na delegacia, delegado autor da violência, chegou a oferecer cem reais para que a vítima comprasse remédios para curar as escoriações. O mais intrigante disso tudo, segundo militantes baianos, é que essa agressão aconteceu durante a campanha institucional “dos 16 dias de ativismo contra a violência à mulher” e nenhuma entidade governista se posicionou frente o acontecido, o que levanta a suspeita de envolvimento dessas, na formatação das ações violentas.


Além de condenar o Estado Brasileiro no dia 06 de dezembro por unanimidade, o júri apontou ainda Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro; José Serra, governador do estado de São Paulo e Jaques Wagner, governador da Bahia como líderes de organizações criminosas que atentam contra a vida e violam os direitos humanos.

Um relatório será encaminhado a organismos internacionais e apresentado no FSM (Fórum Social Mundial) no intuito de provocar uma reação da Comunidade Internacional frente às denúncias prestadas no tribunal.


Lauro de Freitas no banco dos réus

A Posse de Conscientização e Expressão (PCE – Movimento Hip Hop) esteve presente no Tribunal Popular e denunciou a violência e os abusos das polícias civil e militar à jovens negros residentes em bairros populares dessa cidade. Denunciou ainda, o poder público local pela omissão e pela indiferença frente aos jovens viciados em entorpecentes. O poder público não respondeu até hoje uma das reivindicações da juventude negra local que é a construção de um centro de recuperação para esses jovens.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja breve e responsável. Não toleraremos ofensas nem agressões a terceiros.