sexta-feira, agosto 28

Terreiro recebe imunidade tributária

    

       A Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas concedeu na manhã desta sexta feira, 28 de agosto, a Imunidade Tributária ao Ilê Obá L'okê, importante terreiro de candomblé situado no bairro do Jockey Clube. 

   Representantes do poder público, organizações do movimento social organizado e a comunidade religiosa Obá L’okê comemoraram com entusiasmo o reconhecimento da importância que o terreiro tem pra comunidade e para cidade de Lauro de Freitas.

       A imunidade tributaria foi entregue pelo procurador fiscal do município, Dr. Danilo Magalhães, a representante da Secretaria Municipal da Fazenda Dra. Luana Araújo, além do Superintendente de Promoção da Igualdade Racial, Cláudio Reis e a Dra. Cida Crusoé da Secretaria Municipal de Governo. Em seu discurso, Dra. Luana da Fazenda Pública Municipal, ressaltou a importância e a contribuição social que os templos religiosos tem para com a manutenção da cultura e afirmação da identidade ética em nossa cidade. 

       Ricardo Andrade, diretor da SUPIR e coordenador do Orooni, rede jovem de candomblé, destacou que esse reconhecimento precisa ser estendido aos mais de 400 terreiros existentes no município e que a imunidade tributária é um importante passo para o processo de reparação do povo negro no Brasil.

     O representante do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, CMPIR, Ariosvaldo Menezes, elogiou o trabalho da SUPIR e ressaltou a necessidades dos negros e negras caminharem juntos no combate ao racismo, mesmo nas adversidades das relações  políticas .

      Por fim, o babalorixá, Vilson Caetano, sacerdote do Obá Lokê agradeceu aos presentes e afirmou que sua casa é um espaço público, destinado a desenvolvimento social e que as portas do terreiro estarão sempre abertas à comunidade.














Luana Araújo, 
Coordenadora executiva 
da secretaria  municipal 
da fazenda entrega 
imunidade tributaria
ao sacerdote Vilson 
Caetano, babalorixá
do terreiro Obá L’okê.

quarta-feira, agosto 19

Encontro de Jovens de terreiros e a busca pelo direito a fé

Será realizado no Terreiro Unzó Tateto Lembá, Camaçari, no próximo dia 22 de Agosto, das 8h às 17 horas, mais uma edição do Orooni, Encontro da Rede Jovem de Candomblé, que dessa vez, trará como tema “A luta pelas garantias dos direitos e a liberdade”, denominado Orooni Nkosi/Ogum. Nkosi é uma Hamba ( Deidade/Divindade) do panteão da cultura Bantu Bakongo (Congo), com domínio dos caminho e estradas e dos ferros, Nkosi significa Leão no idioma kikongo, tem grande ligação com o campo, agricultura e além disso é o grande defensor das causa sociais, sendo um incansável batalhador. Para os Angolanos, a divindade dos ferros e dos caminhos é Hoxi ou Hoji, (em Kimbundo) que também significa Leão. Hoxi ou Hoji é conhecido na África angolana, como o “Leão devorador”.
O Orooni Nkosi trará para uma grande roda de diálogo o Tata de Nkisi, Tata Ricardo Tavares, do Unzó Tateto Lembá, que abordará aspectos cotidianos da luta contra a intolerância religiosa: “Nossa Luta diária contra o ódio e a intolerância religiosa”.
A roda de diálogos terá ainda a participação de João Jorge Rodrigues, Presidente do Olodum, advogado e Mestre em Direito Público, que fará uma abordagem histórica e reflexiva sobre a Revolta de Búziose as relações sócio-políticas com a contemporaneidade. “O exemplo e os efeitos da Revolta de Búzios em nosso cotidiano”.
Fechando o ciclo de debates, Sérgio São Bernardo, doutorando em Difusão do Conhecimento-UFBA, Mestre em Direito Público pela Universidade de Brasília/UNB (2007) e que atualmente exerce o cargo de Coordenador Executivo de Políticas de Igualdade Racial da SEPROMI-Bahia, contribuirá com o tema: “O estatuto da Igualdade Racial e os mecanismos institucionais que auxiliam na luta cotidiana”, destacando para as ferramentas de empoderamento do povo negro nas disputas de poder e combate ao ódio e intolerância.
O Encontro trará também uma exposição fotográfica de Ademir Borges intitulada “da jóia ao transe” seu trabalho registra momentos indescritíveis tradição da cultura de matrizes africanas. Expositores, afro-empreendedores e artistas autônomos também se farão presentes no Orooni, expondo seus trabalhos num espaço denominado feira étnica.