sexta-feira, junho 28
terça-feira, junho 18
LANÇADO COMITÊ PERMANENTE E INDEPENDENTE CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO
REUNIÃO DE COMBATE A INTOLERÂNCIA
RELIGIOSA E AVIOLÊNCIA DE ESTADO
Reunidos
na última segunda-feira (17) no Centro Histórico de Salvador,
lideranças dos movimentos negros e de religiões de matrizes africanas
repudiaram a violência religiosa e se manifestaram pela liberdade de
culto e o fim do preconceito e discriminação. A reunião foi convocada
por diversas entidades do Movimento Negro, e contou com a participação
de entidades importantes como Coletivo de entidades Negras, Quilombo
Xis, Campanha Reaja, Instituto Pedra de Raio e CONEN, também com a
presidenta do CDCN, Vilma Reis e Fabio de Santana representante da
Fundação Cultural Palmares no estado da Bahia. Importantes
personalidades como Makota Valdina Pinto, Mãe Jaciara Ribeiro, Tata
Ricardo, Pai Rogério de Exu também estiveram presentes.
Após análise de conjuntura sobre o recrusdescimento das pautas históricas dos movimentos sociais, negro, dos religiosos de matrizes africanas, nos povos e comunidades tradicionais, movimento LGBT, mulheres, da reforma agrária e em todas as frentes mais progressivas dos direitos humanos. Foi colocado em pauta o Caso de Pai Fabrício de Ilhéus, Pai Everaldo de Oxóssi assassinado no Nordeste de Amaralina e diversos casos de violência que tem assolado o Estado, resultando em um verdadeiro extermínio da população negra.
As manifestações em plenária foram feitas por Tata Ricardo, Marcos Rezende, Makota Valdina Pinto, Vilma Reis, Vereador Luiz Carlos Suica, Hamilton Borges, Pai Rogério de Exu, Magnólia Antunes, Deputado Federal Valmir Assunção, Fabio de Santana e, EM CONSONÂNCIA, as entidades, autoridades políticas e representações sociais que atenderam ao chamado, ADOTARAM AS SEGUINTES DELIBERAÇÕES:
A CRIAÇÃO DO COMITÊ PERMANENTE E INDEPENDENTE CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO
O COMITÊ TEM AS SEGUINTES TAREFAS INICIAIS:
1. AMPLIAR O LEQUE DE ENTIDADES E PARCEIROS DO COMITÊ
2. ENCAMINHAR PROPOSTA COM OS CASOS RELATADOS PARA A REDE DE COMBATE AO RACISMO E DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
3. À OUVIDORIA DA SEPPIR
4. PARA A SECRETARIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
5. FORMALIZAR DENÚNCIA CONTRA O ESTADO DA BAHIA A ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS
6. FORMALIZAR DENÚNCIA EM TODOS OS ORGÃOS DA ONU LOCALIZADOS NO ESTADO DA BAHIA E COBRAR RESPOSTAS DE MANIFESTAÇÃO DOS MESMOS.
7. ENTRAR COM REPRESENTAÇÃO CONTRA O PROMOTOR DO CASO PAI FABRÍCIO NA PROCURADORIA GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
8. TAMBÉM ENTRAR COM REPRESENTAÇÃO NO CONSELHO NACIONAL DE PROCURADORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
9. O COMITÊ FARÁ UM ENCONTRO COM PAI FABRÍCIO EM SALVADOR E TAMBÉM MONTARÁ UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O CASO DE PAI FABRÍCIO EM ILHÉUS.
POR FIM, ENCAMINHOU-SE QUE O COMITÊ TEM A SUA PRÓXIMA REUNIÃO AGENDADA PARA O DIA 26 DE JUNHO AS 16H, NESTA MESMA SOCIEDADE PROTETORA DOS DESVALÍDOS COM A SEGUINTE PAUTA.
PAUTA DA NOVA REUNIÃO:
1. CONSTRUÇÃO DE UMA MANIFESTAÇÃO NO 2 DE JULHO;
2. CONSTRUÇÃO DE UM GRANDE ATO CONTRA A VIOLÊNCIA DE ESTADO NO MÊS DE JULHO;
Após análise de conjuntura sobre o recrusdescimento das pautas históricas dos movimentos sociais, negro, dos religiosos de matrizes africanas, nos povos e comunidades tradicionais, movimento LGBT, mulheres, da reforma agrária e em todas as frentes mais progressivas dos direitos humanos. Foi colocado em pauta o Caso de Pai Fabrício de Ilhéus, Pai Everaldo de Oxóssi assassinado no Nordeste de Amaralina e diversos casos de violência que tem assolado o Estado, resultando em um verdadeiro extermínio da população negra.
As manifestações em plenária foram feitas por Tata Ricardo, Marcos Rezende, Makota Valdina Pinto, Vilma Reis, Vereador Luiz Carlos Suica, Hamilton Borges, Pai Rogério de Exu, Magnólia Antunes, Deputado Federal Valmir Assunção, Fabio de Santana e, EM CONSONÂNCIA, as entidades, autoridades políticas e representações sociais que atenderam ao chamado, ADOTARAM AS SEGUINTES DELIBERAÇÕES:
A CRIAÇÃO DO COMITÊ PERMANENTE E INDEPENDENTE CONTRA A VIOLÊNCIA DO ESTADO
O COMITÊ TEM AS SEGUINTES TAREFAS INICIAIS:
1. AMPLIAR O LEQUE DE ENTIDADES E PARCEIROS DO COMITÊ
2. ENCAMINHAR PROPOSTA COM OS CASOS RELATADOS PARA A REDE DE COMBATE AO RACISMO E DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
3. À OUVIDORIA DA SEPPIR
4. PARA A SECRETARIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
5. FORMALIZAR DENÚNCIA CONTRA O ESTADO DA BAHIA A ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS
6. FORMALIZAR DENÚNCIA EM TODOS OS ORGÃOS DA ONU LOCALIZADOS NO ESTADO DA BAHIA E COBRAR RESPOSTAS DE MANIFESTAÇÃO DOS MESMOS.
7. ENTRAR COM REPRESENTAÇÃO CONTRA O PROMOTOR DO CASO PAI FABRÍCIO NA PROCURADORIA GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
8. TAMBÉM ENTRAR COM REPRESENTAÇÃO NO CONSELHO NACIONAL DE PROCURADORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
9. O COMITÊ FARÁ UM ENCONTRO COM PAI FABRÍCIO EM SALVADOR E TAMBÉM MONTARÁ UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O CASO DE PAI FABRÍCIO EM ILHÉUS.
POR FIM, ENCAMINHOU-SE QUE O COMITÊ TEM A SUA PRÓXIMA REUNIÃO AGENDADA PARA O DIA 26 DE JUNHO AS 16H, NESTA MESMA SOCIEDADE PROTETORA DOS DESVALÍDOS COM A SEGUINTE PAUTA.
PAUTA DA NOVA REUNIÃO:
1. CONSTRUÇÃO DE UMA MANIFESTAÇÃO NO 2 DE JULHO;
2. CONSTRUÇÃO DE UM GRANDE ATO CONTRA A VIOLÊNCIA DE ESTADO NO MÊS DE JULHO;
domingo, junho 16
Números de Guerra
O estudo intitulado “Mapa da Violência”, realizado pelo Governo Federal, aponta Lauro de Freitas como o 3º município do país em número de homicídio por armas de fogo. No ano de 2010 foram registrados 173 homicídios em nossa cidade. Dados que nos remetem a um clima de guerra com dados assustadores, que geram medo e insegurança.
Invariavelmente, notícias sobre violência invadem nossas vidas, nos deixando perplexos ou, simplesmente atônitos perante a situação que paulatinamente cresce e gera números extremamente preocupantes. De forma sagaz e muito bem orquestrada, a mídia deixa de noticiar homicídios que acontecem em favelas ou em bairros periféricos, a menos que sejam chacinas. Vale salientar que também não existe uma apuração mais eficaz por parte do poder de segurança pública com o intuito de resolver a situação ou proteger as maiores vítimas dessa violência: negros, jovens e pobres.
Sem dúvida, esta realidade não se vincula somente aos homicídios. Esses jovens, vitimados pela violência letal, são alvos de outras violações. Cooperam também a representação estereotipada na mídia, as imagens negativistas produzidas sobre os jovens negros, a afirmação de que as mortes violentas decorrem das drogas, a falta de acesso a equipamentos e serviços públicos essenciais.
A triste realidade exposta por esta questão ainda tem o olhar conivente do Estado, que acaba referendando essa prática no agir e resolver, quando se trata de homicídios relacionados a brancos e não conseguindo o mesmo no caso dos negros, preferindo atribuir essas mortes ao tráfico de drogas ou guerras de gangues. O Estado também não admite que as polícias estão mal orientadas e totalmente equivocadas na forma de tratar o cidadão negro e morador de periferia, criando um estereótipo e perpetuando um perfil para o criminoso em potencial.
Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), mais especificamente em Lauro de Freitas, essa situação tem se agravado. Nos últimos seis anos o município sempre esteve entre os dez primeiros no Estado da
Bahia em situações de violência. Hoje, no mapa da violência, ostentamos a infeliz marca de ser o 3° município em mortes por armas de fogo; 2° em assassinatos; o 5° mais violento do Estado; além de, em nível nacional, estarmos na 31ª posição dos municípios mais violentos do país.
Nas ruas de Lauro de Freitas existe uma guerra desenfreada
Invariavelmente, notícias sobre violência invadem nossas vidas, nos deixando perplexos ou, simplesmente atônitos perante a situação que paulatinamente cresce e gera números extremamente preocupantes. De forma sagaz e muito bem orquestrada, a mídia deixa de noticiar homicídios que acontecem em favelas ou em bairros periféricos, a menos que sejam chacinas. Vale salientar que também não existe uma apuração mais eficaz por parte do poder de segurança pública com o intuito de resolver a situação ou proteger as maiores vítimas dessa violência: negros, jovens e pobres.
Sem dúvida, esta realidade não se vincula somente aos homicídios. Esses jovens, vitimados pela violência letal, são alvos de outras violações. Cooperam também a representação estereotipada na mídia, as imagens negativistas produzidas sobre os jovens negros, a afirmação de que as mortes violentas decorrem das drogas, a falta de acesso a equipamentos e serviços públicos essenciais.
A triste realidade exposta por esta questão ainda tem o olhar conivente do Estado, que acaba referendando essa prática no agir e resolver, quando se trata de homicídios relacionados a brancos e não conseguindo o mesmo no caso dos negros, preferindo atribuir essas mortes ao tráfico de drogas ou guerras de gangues. O Estado também não admite que as polícias estão mal orientadas e totalmente equivocadas na forma de tratar o cidadão negro e morador de periferia, criando um estereótipo e perpetuando um perfil para o criminoso em potencial.
Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), mais especificamente em Lauro de Freitas, essa situação tem se agravado. Nos últimos seis anos o município sempre esteve entre os dez primeiros no Estado da
Bahia em situações de violência. Hoje, no mapa da violência, ostentamos a infeliz marca de ser o 3° município em mortes por armas de fogo; 2° em assassinatos; o 5° mais violento do Estado; além de, em nível nacional, estarmos na 31ª posição dos municípios mais violentos do país.
Nas ruas de Lauro de Freitas existe uma guerra desenfreada
com dígitos absurdos e que semanalmente tem deixado inúmeras famílias de luto com um algarismo alarmante DE MORTES, que chegam a um números assustadores. Nem em países em guerra como Afeganistão e Iraque se registra tantas mortes. Aqui são cerca de 40 jovens negros mortos por mês, com média significativa de 10 a 11 jovens absurdamente assassinados. Esses são números absolutos de extermínio silencioso que vem acontecendo em Lauro de Freitas. Os bolsões de miséria e de falta de investimento têm gerado esses jovens com a mesma rapidez que os tem matado.
Sem programas adequados ou uma política pública direcionada e realmente efetiva que insira, capacite, qualifique e eduque, não conseguiremos parar a matança desenfreada e sem limites. O jovem negro no Brasil de hoje está em um corredor da morte, alguns conseguem comutarem suas penas e as transformam em prisão perpetua, outros conseguem o perdão integral e refazem ou conseguem remodelar suas vidas. Essas são gotas em um oceano de sangue, enquanto o outro lado, o lado dos que morrem, representa a tsunami avassaladora que destrói, mata e humilha a todos. As mortes desses jovens já estão em nossa conta há muito tempo, mas o pior é que alguns de nós fingem não ligar, parece não ver ou sentir a bofetada na cara da sociedade que está sendo dada, cada vez que um jovem negro morre.
quarta-feira, junho 12
Orooni - A semente está plantada
Esse é o
sentimento que predomina após a realização do OROONI, Encontro Metropolitano de
Jovens de Candomblé. Cerca de 80 pessoas estiveram no evento que aconteceu no
ultimo final de semana, dias 08 e 09, no Terreiro Ilê Axé Obatalande no
município de Lauro de Freitas, casa liderada pelo Babalorixá Pai Anderson de
Oxalá.
O encontro que contou com a presença de autoridades políticas e religiosas foi regado a um bom debate sobre a atual conjuntura vivida por integrantes da religião candomblé, assim como, resgatou os exemplos de luta e resistência desse mesmo povo, num passado não tão distante.
Jovens de
diversos terreiros de candomblé de Lauro de Freitas, Camaçari, Salvador,
Candeias e Dias DÁvila apontaram os principais desafios a serem enfrentados
pela juventude de candomblé e ajustaram estratégias que possibilitem a garantis
de direitos e igualdade.
O Secretário Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, atestou a importância política de um encontro como OROONI, pois os debates pautarão o estado na aplicação das políticas de promoção da igualdade. Quem também compareceu ao encontro foi a Secretária de Politicas para a Juventude de Lauro de Freitas, Juliana Guimarães que em sua fala reconheceu a juventude existentes nos terreiros está entre as mais vulneráveis e que a SEJUV iniciativas como esta.
Makota Valdina, do Terreiro Tanuri Junçara e Marcos Rezende, coordenador do CEN deram o tom ao debate, suscitando temas e destacando a importância da organização social pautada nos exemplos de luta do povo negro no Brasil.
Quem também
estava presente no OROONI foi Marcia Tude - secretária de cultura de Lauro de
Freitas, Claudio Reis – diretor do Departamento de Promoção da Igualdade Racial,
Rosemeire representando a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Lula Maciel
– Vereador.
Por: Ricardo Andrade
Editor
Editor
quarta-feira, junho 5
Juventude em Conexão com a Ancestralidade Orooní – Encontro reúne jovens de Candomblé
Nos próximos dias 08 e 09 de Junho, Lauro de Freitas sediará um Encontro de Jovens de Candomblé da Região Metropolitana de Salvador. O Orooni, proposto pelo Terreiro / Associação Obatalandê e pelo CEN - Coletivo de
Entidades Negras junto a outras casas de
candomblé de nação Ketu, Angola e Gege, estimulará os jovens a uma leitura
atualizada de situações de intolerância e preconceito que ainda acomete o Povo
de Santo.
No atual contexto de
discriminação e intolerância, realizar o Orooni representa empoderar os jovens
do Candomblé, tornando-os atores na construção de proposições e de políticas
públicas capazes de conduzir a uma sociedade mais fraterna e de respeito mútuo.
Se por um lado, o Brasil tem
avançado no sentido das políticas públicas de inclusão, da redução da miséria,
do fortalecimento das instituições públicas e do reconhecimento internacional,
por outro, ideologias medievais cerceiam a liberdade humana, disseminando
discriminação racial e incentivando o ódio religioso. Isso aponta para uma
necessidade urgente de reorganização e ampliação do debate sobre as estratégias
a serem adotadas no sentido de assegurar ao povo negro os direitos de cidadãos
garantidos na constituição.
Durante os dois dias de encontro,
os jovens serão provocados a analisar às conjunturas vigentes assim como
debater a participação e o protagonismo no campo do empreendedorismo, mercado
de trabalho, educação, cultura, arte, violência e direitos sexuais e
reprodutivos.
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