domingo, setembro 6

As varias formas de mudar a política de segurança pública na Bahia

Com o tema, as várias formas de mudar a política pública de segurança da Bahia, organizações sociais negras de Lauro de Freitas se articulam para realizar a Conferencia Livre de Juventude, que apontará, a partir dos debates e relatos de experiências vividas pelos participantes, ações, programas e políticas que contenham o avanço da violência letal contra a juventude negra no estado.


A iniciativa de fazer uma conferencia livre surge da necessidade que essa juventude tem de colocar o EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA na agenda política do estado, pois entendem que essa violência letal é o que mais interfere na produção intelectual e no desenvolvimento dessa juventude que ao longo dos últimos anos vem sendo dizimadas pelo Estado Brasileiro.

“Uma conferencia de Juventude só vale a pena se trouxer no eixo principal o debate sobre o extermínio de nossa gente. Não há política pública e nem há como gozar das mudanças se não houver vida. Nós temos a coragem pra fazer um debate de verdade, quem vier verá” Afirma um dos organizadores da Conferencia.
A conferencia livre de juventude acontecerá no dia 26 de setembro, a partir das 9h da manhã, na Escola 2 de Julho em Itinga, Lauro de Freitas.



terça-feira, setembro 1

Orooni ganha edital da SEPROMI




O Orooni, Rede Jovem de Candomblé, organização juvenil de garantia de direitos e combate a intolerância religiosa assinou na tarde de ontem o convênio com o governo do estado para produção de um programa de Web TV e realização do Orooni Alabê, Xincarogomas e Runtós, festival de música, arte e dança.



Título do Projeto: Orooni Web TV e Orooni Alagbe

Período: Orooni Alagbe (14 de novembro)
Categoria: Intolerância Religiosa
Descrição: A primeira proposta visa registrar, salvaguardar e difundir as expressões da diversidade brasileira, sobretudo as que correspondem ao patrimônio imaterial, trazendo a relação entre o orixá Ogum, a Revolta dos Búzios e o cenário contemporâneo de intolerância religiosa. A partir do programa WebTV espera-se fomentar a participação da juventude negra na articulação de ações para o combate à intolerância religiosa e ampliar seu acesso a programações culturais e de entretenimento, produzidos por negros, no ambiente da internet, abrindo espaço para empreendedores negros divulgarem seus negócios. A segunda refere-se ao 4º Encontro Orooni – Orooni Alabe, Xicarongoma e Runtó, festival de música, arte e dança. Será realizado no Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira de Lauro de Freitas.



Ricardo Andrade
Coordenador

sexta-feira, agosto 28

Terreiro recebe imunidade tributária

    

       A Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas concedeu na manhã desta sexta feira, 28 de agosto, a Imunidade Tributária ao Ilê Obá L'okê, importante terreiro de candomblé situado no bairro do Jockey Clube. 

   Representantes do poder público, organizações do movimento social organizado e a comunidade religiosa Obá L’okê comemoraram com entusiasmo o reconhecimento da importância que o terreiro tem pra comunidade e para cidade de Lauro de Freitas.

       A imunidade tributaria foi entregue pelo procurador fiscal do município, Dr. Danilo Magalhães, a representante da Secretaria Municipal da Fazenda Dra. Luana Araújo, além do Superintendente de Promoção da Igualdade Racial, Cláudio Reis e a Dra. Cida Crusoé da Secretaria Municipal de Governo. Em seu discurso, Dra. Luana da Fazenda Pública Municipal, ressaltou a importância e a contribuição social que os templos religiosos tem para com a manutenção da cultura e afirmação da identidade ética em nossa cidade. 

       Ricardo Andrade, diretor da SUPIR e coordenador do Orooni, rede jovem de candomblé, destacou que esse reconhecimento precisa ser estendido aos mais de 400 terreiros existentes no município e que a imunidade tributária é um importante passo para o processo de reparação do povo negro no Brasil.

     O representante do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, CMPIR, Ariosvaldo Menezes, elogiou o trabalho da SUPIR e ressaltou a necessidades dos negros e negras caminharem juntos no combate ao racismo, mesmo nas adversidades das relações  políticas .

      Por fim, o babalorixá, Vilson Caetano, sacerdote do Obá Lokê agradeceu aos presentes e afirmou que sua casa é um espaço público, destinado a desenvolvimento social e que as portas do terreiro estarão sempre abertas à comunidade.














Luana Araújo, 
Coordenadora executiva 
da secretaria  municipal 
da fazenda entrega 
imunidade tributaria
ao sacerdote Vilson 
Caetano, babalorixá
do terreiro Obá L’okê.

quarta-feira, agosto 19

Encontro de Jovens de terreiros e a busca pelo direito a fé

Será realizado no Terreiro Unzó Tateto Lembá, Camaçari, no próximo dia 22 de Agosto, das 8h às 17 horas, mais uma edição do Orooni, Encontro da Rede Jovem de Candomblé, que dessa vez, trará como tema “A luta pelas garantias dos direitos e a liberdade”, denominado Orooni Nkosi/Ogum. Nkosi é uma Hamba ( Deidade/Divindade) do panteão da cultura Bantu Bakongo (Congo), com domínio dos caminho e estradas e dos ferros, Nkosi significa Leão no idioma kikongo, tem grande ligação com o campo, agricultura e além disso é o grande defensor das causa sociais, sendo um incansável batalhador. Para os Angolanos, a divindade dos ferros e dos caminhos é Hoxi ou Hoji, (em Kimbundo) que também significa Leão. Hoxi ou Hoji é conhecido na África angolana, como o “Leão devorador”.
O Orooni Nkosi trará para uma grande roda de diálogo o Tata de Nkisi, Tata Ricardo Tavares, do Unzó Tateto Lembá, que abordará aspectos cotidianos da luta contra a intolerância religiosa: “Nossa Luta diária contra o ódio e a intolerância religiosa”.
A roda de diálogos terá ainda a participação de João Jorge Rodrigues, Presidente do Olodum, advogado e Mestre em Direito Público, que fará uma abordagem histórica e reflexiva sobre a Revolta de Búziose as relações sócio-políticas com a contemporaneidade. “O exemplo e os efeitos da Revolta de Búzios em nosso cotidiano”.
Fechando o ciclo de debates, Sérgio São Bernardo, doutorando em Difusão do Conhecimento-UFBA, Mestre em Direito Público pela Universidade de Brasília/UNB (2007) e que atualmente exerce o cargo de Coordenador Executivo de Políticas de Igualdade Racial da SEPROMI-Bahia, contribuirá com o tema: “O estatuto da Igualdade Racial e os mecanismos institucionais que auxiliam na luta cotidiana”, destacando para as ferramentas de empoderamento do povo negro nas disputas de poder e combate ao ódio e intolerância.
O Encontro trará também uma exposição fotográfica de Ademir Borges intitulada “da jóia ao transe” seu trabalho registra momentos indescritíveis tradição da cultura de matrizes africanas. Expositores, afro-empreendedores e artistas autônomos também se farão presentes no Orooni, expondo seus trabalhos num espaço denominado feira étnica.

sexta-feira, julho 17

Oficina de comunic’ação oportuniza juventude local


A oficina de comunicação e produção de jornal comunitário proposta pela SUPIR, Superintendencia de Promoção da Igualdade Racial SEJUT, Secretaria de Juventude e Trabalho e SAE, Secretaria de Ações Estratégicas se consolidou como uma importante  iniciativa no programa Cuidado do Seu Bairro, realizado de 13 a 18 do corrente mês no Loteamento Jardim Talismã.  A ação proporcionou momentos importantes permitindo que a comunidade interagisse com secretários sobre os diversos temas da administração pública. 

‘A comunicação liberta e empodera às comunidades. Informação é um bem muito precioso. Proporciaonar a condição necessária para que a comunidade possar produzir seu próprio conteúdo informativo é concerteza uma política revolucionária. vamos estender a ação para outras comunidades’ afirma Ricardo Andrade, coordenador da oficina.

O vice prefeito Bebel Carvalho em conversas com os alunos da oficina, garantiu 20 bolsas do curso de  webdesigmer no SENAI para que os participantes da oficina possam dá continuidade ao informativo produzido na oficina.

quinta-feira, julho 9

Câmara dos deputados do Chile aprova lei que descriminaliza maconha,


Com boa margem de votos (68 a favor, 39 contra e 5 abstenções), a Câmara dos Deputados do Chile reconheceu, hoje, que a regulamentação do consumo e do autocultivo da maconha é a melhor solução para os problemas decorrentes do tráfico de drogas. 
Após alterações no texto, ainda faltará a aprovação do Senado para que, por fim, a regulamentação vire lei.
"Podemos negar que, quando os jovens usam maconha pode e não podem cultivá-la devem recorrer ao tráfico para comprá-la, abrindo a porta para drogas mais pesadas como a cocaína e a pasta base? Todos nós sabemos que isso acontece, e quem não sabe provavelmente precisa ir mais às ruas", argumentou a deputadaCamila Vallejo Dowling.
Ainda que os fatos sejam claros e até óbvios, infelizmente muitos ainda tentam empurrar a discussão para o campo da repressão e ampliação do direito penal, política que multiplicou o número de presos no país sem qualquer avanço no combate ao tráfico, mas que garantirá os lucros dos pretensos gestores do sistema prisional privado que alguns parlamentares, no esteio da votação da redução da maioridade penal, querem aprovar como uma suposta solução para a falta de vagas e o sucateamento do sistema prisional brasileiro.

Precisamos urgentemente de um debate sério e qualificado em torno das iniciativas para a regulamentação da cadeia produtiva, da venda, da posse e do autocultivo da cannabis, inclusive permitindo a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos no Brasil, o que é vedado pela atual legislação. Neste sentido, apresentei o Projeto de Lei 7270/2014 (http://migre.me/qGAwH), uma proposta que contempla as iniciativas mais avançadas em prática no mundo.Parabéns, Chile, por dar o primeiro passo rumo a uma política de segurança pública verdadeiramente efetiva, e que reconhece e respeita as liberdades individuais!

Relatório de CPI confirma ‘genocídio’ de jovens negros no Brasil


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra Jovens Negros e Pobres apresentou relatório, na terça-feira (7), no qual afirma existir um “genocídio institucional” contra jovens negros no Brasil. O grupo pretende finalizar os trabalhos com um plano nacional de enfrentamento a violência contra jovens.
Após visitar três estados, com mais duas audiências externas marcadas em Porto Alegre e Recife, sexta-feira (10) e segunda-feira (13), o deputado e presidente da comissão, Reginaldo Lopes (PT-MG), afirma que há um “mito” de que não existe racismo no Brasil.
“O relatório definiu, de forma preliminar, que há racismo no Brasil e isso é justificado pelo número de mortes de jovens negros e pobres entre 15 e 29 anos, que fica próximo de 80% dos homicídios. Essa taxa se soma ao que chamamos de morte simbólica, quando há ausência de políticas públicas no estado”, explica o deputado.
O Plano Nacional de Enfrentamento proposto pela relatora Rosângela Gomes (PRB) deve ter a duração de uma década e seria avaliado a cada quatro anos. A comissão pretende ainda exigir que cada estado e município elaborarem seu próprio projeto para traçar metas e cumpri-las.
Segundo o presidente da CPI, o relatório traz ainda a diferença entre o nível educacional de brancos e negros, a qualidade de profissão e a remuneração de ambos. Segundo Lopes, o Brasil foi o único país que ao abolir a escravidão retirou 10 artigos do texto que previam direitos como terra e educação.
“A escravidão é uma herança histórica para o Brasil e queremos mudar o país violento que estamos vivendo para um lugar pacífico. Queremos diminuir o número de 60 jovens mortos para cada 100 mil habitantes para um número de apenas um digito”, afirma.
Os deputados pediram vista coletiva ao final da apresentação do relatório e devem votar o texto na próxima terça-feira (14).

quarta-feira, julho 8

Por que Heraldo nunca foi ofendido e Maju acabou discriminada?


Repórter especial em Brasília, Heraldo Pereira ocupa a bancada do Jornal Nacional na cobertura de folgas e férias do titulares desde 2002. Foi o primeiro jornalista negro na função desde a estreia do telejornal, em 1969.
Ser âncora do JN proporciona uma visibilidade muito maior do que ser ‘moça do tempo’. Então por que Heraldo, em 13 anos, nunca sofreu a mesma ofensiva racista direcionada a Maria Júlia Coutinho, que está na equipe do telejornal há apenas dois meses? Aliás, não foi a primeira vez que a jornalista tornou-se vítima de cyberbullying.
Apresento quatro conclusões pessoais e meramente especulativas:
Sexismo e misoginia – Homem pode chegar no topo da profissão. Mulher? Não, mulher não pode. É inegável que o racismo em relação a Maju está impregnado também de machismo. Na sociedade brasileira do século 21, o sexo feminino ainda é visto por muitos como inferior, menos capacitado, com menor mérito. Maria Júlia ‘ousa’ falar de igual para igual com seu chefe, William Bonner. Já chegou até a corrigi-lo no ar. Essa independência e a força feminina incomodam, ainda mais quando associadas à cor da pele. Estudiosos afirmam que, no Brasil, a mulher negra sofre ainda mais preconceito do que o homem negro.
Negritude explícita – Maria Júlia assume quem é. Usa cabelo black power e dispensa maquiagem que clareia a pele. Ela não tenta disfarçar (inutilmente) sua origem étnica, como muitos o fazem ao chegar à TV. Em mais de uma ocasião, a apresentadora Regina Casé disse que, se a mulher é negra, mas tem o cabelo naturalmente liso ou alisado, é vista e tratada como branca, ou quase isso. Mas se é negra e tem o cabelo ‘pixaim’ (termo usado por ela), aí passa a ter um grande problema para ser aceita. O preconceito estético relatado por Casé tem lógica. Obviamente toda mulher tem o direito de usar o cabelo do jeito que quiser. Maju prefere os cachos crespos que evidenciam sua negritude. Não tenta disfarçar para, talvez, ser melhor aceita.
Alto custo da popularidade – Todo mundo já ouviu falar do tal preço da fama. Não é balela. Cobra-se realmente um pedágio de quem conquista o sucesso. Estar no horário nobre da TV é tornar-se a vidraça para pedradas. O JN já teve dezenas de ‘moças do tempo’. Porém nenhuma conseguiu o mesmo destaque de Maju. O carisma a transformou, num período de poucos dias, em queridinha da Globo e do público. Esse status incomoda quem não tolera a ascensão alheia. Heraldo Pereira sempre teve uma performance discreta no Jornal Nacional. Restringe-se aos textos gerados no teleprompter. Já Maju é a expansividade em pessoa. Improvisa, ironiza, ri, domina a cena. Virou celebridade, tem fãs. Isso é ultrajante para quem se incomoda com a presença de mulheres e/ou negros numa posição de destaque.
Puro recalque – A melhor resposta para os ataques racistas partiu da própria Maria Júlia Coutinho. Numa rede social, ela mandou ‘beijinho no ombro’ a quem a ofendeu. Cito aqui uma frase do midiático pintor espanhol Salvador Dalí (1904-1989): “O termômetro do sucesso é a inveja dos descontentes”.
Fonte: Terra

terça-feira, julho 7

Que loucura do Corregedor da PM, Coronel Souza Neto. Será que fica na Corregedoria ?




O deputado federal Daniel Almeida (PCdob) classificou como "lamentáveis" as declarações do corregedor da polícia militar, coronel Souza Neto, ao afirmar que "se todos os policiais agressores fossem exonerados, as ruas ficariam sem policiais". "Lamentável que alguém que tem a responsabilidade de punir e garantir a integridade das pessoas faça esse tipo de manifestação. Acaba sendo um estímulo para cometer crimes", afirmou.
 
O comunista afirmou que vai fazer um pronunciamento na Câmara Federal nesta terça-feira (7), em defesa do jornalista, Marivaldo Filho.

Fonte:  Bocão News.

Câncer na boca acomete mais jovens por causa de sexo oral sem proteção


Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador de verrugas no colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.

Homens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.

Outros países como Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV. Na Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e, agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora Maura Gillison.

Segundo ela, alguém infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.Os resultados do levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. 

Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.

Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.

sábado, julho 4

Atleta do Projeto Lutar para Vencer de Lauro de Freitas ganha medalha de bronze em campeonato brasileiro


Ele tem apenas 16 anos. Mas apesar da pouca idade já é um vencedor e sonha alto. Reidler Soares Freitas, morador de Lauro de Freitas, é um dos atletas de boxe assistidos pelo projeto Lutar Para Vencer, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF), desenvolvida por treinadores e educadores físicos voluntários. Praticante do esporte há quatro anos, o adolescente já começa a colher os frutos da disciplina e determinação. No último domingo, ganhou medalha de bronze no 8º Campeonato Brasileiro de Boxe Masculino Cadete, na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Único filho homem, o garoto apelidado pelo pai de “Falcão” afirma que tem total apoio da família. Amante do esporte, Reidler diz que está sempre tentando convencer os amigos a participarem do projeto. “Sempre trago alguém. Quando estamos aqui treinando esquecemos da coisas ruins. Sem falar que é muito bom para o corpo . Gosto muito mesmo e vou fazer boxe a vida inteira”, confessou o adolescente que já se prepara defender Lauro de Freitas em mais uma disputa, o Campeonato Baiano de Boxe .

Além de Reidler, o projeto Lutar Para Vencer, apoiado pela gestão pública, através da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer PMLFcontempla outros 249 jovens e crianças. Com aulas de segunda a sábado realizadas no Parque do Saber (Centro), Na Escola Governador Mário Covas (Parque São Paulo) e no Colégio Eurico Santana (Itinga), a iniciativa conta com uma equipe de oito profissionais, entre treinadores e professores de educação física.

De acordo com o treinador conhecido como Reizinho, é perceptível a mudança no comportamento das crianças e jovens atendidos pelo projeto. “Muitos chegam aqui arredios, outros calados. Com passar do tempo desenvolvem a concentração, começam a ter boas relações entre os colegas, além de praticar o esporte. Costumo dizer que temos aqui muito mais do que a prática esportiva, é um trabalho social mesmo”, frisou o treinador.

Fonte: DECON PMLF
Fotografia: Edmar de Paulo

sexta-feira, julho 3

Com força, raça e emoção o Ver. Prof. Paulo Aquino recebe homenagem do MARV, mestres, contra mestre e dos demais capoeiristas.



Foi lançado no ultimo dia 2, dia da Independência da Bahia o pólo de capoeira de Lauro de Freitas. A iniciativa foi do Movimento de Apoio e Respeito à Vida (MARV) que escolheu a data estrategicamente em referencia a esse importante momento da história que libertou definitivamente o Brasil dos colonizadores portugueses.  

O vereador Paulo Aquino, mentor do MARV foi homenageado pelos contramestres Sulamir, Paulo e o professor Didico, integrantes do poló. Para o vereador, essa iniciativa surge para fortalecer a identidade cultural afrobrasileira e colocar Lauro de Freitas no circuito das comemorações da independência. 

Racismo no horário nobre



As manifestações racistas sofridas por Maria Júlia, que apresenta a previsão do tempo no Jornal Nacional da Rede Globo, revelam um sentimento muito vivo e enraizado no consciente de uma boa parte da população brasileira.

Discordo plenamente que tenha sido um fato isolado ou de responsabilidade de umas 50 pessoas como afirmou o principal ancora do Jornal global. No fundo, no fundo sabemos que muita gente pensa dessa forma, talvez não tenham tido a coragem de externar, mas com certeza não aceitam de bom gosto uma mulher negra com seu sorriso encantador servindo de referencia pra suas filhas de olhos azuis.


O ideal seria que ao invés de tentar minimizar os fatos, a emissora travasse um importante debate nacional a respeito desse mal que perdura de geração a geração

Ipitanga Fruto da Memória e Identidade



A alusão ao fruto pitanga (originalmente, "piranga", sendo "pitanga" uma variante vermelha do fruto, naturalmente alaranjado), está associada, em nível etimológico, à terminologia tupi Y-Pitanga, tópônimo ancestral  da localidade que originou o antigo distrito de IPITANGA onde, antes, em tempos memoriais, fora fundada a Freguesia de Santo Amaro do Ipitanga (1608), e, posteriormente, o atual município de Lauro de Freitas (1962), situado na RMS - Região Metropolitana de Salvador - Bahia - Brasil, cujo território geofísico resguarda no Rio Ipitanga seu elemento fundamental de pertença identitária e defesa de suas referências ancestres mais elementares.

O reconhecimento e exaltação do Ipitanga consiste numa ação de relevante pertinência, a um só tempo, para a salvaguarda do patrimônio material e imaterial, visto que contempla não só um ente ambiental, quanto um valor identitário, constituindo-se, talvez, como a mais contundente iniciativa de afirmação e paração da memória local, desde sua emancipação política.

A salvaguarda de tal pertencimento evidencia o valor irrefutável de preservação da matriz indígena como viga mestra da gênese de uma nova jornada que já se prospecta promissora em seus possíveis reflexos positivos num futuro próximo (e porque não dizer próspero?), para o ambientalismo, empreendedorismo, turismo e economia do município de Lauro de Freitas, ao tempo em que referenda a ancestralidade e consolida sua identidade territorial num ato louvável sem precedentes na história  local e que se coaduna, de modo oportuno, com as celebrações relativas à EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE LAURO DE FREITAS - 31 DE JULHO, um momento, afinal, legitimamente apropriado para reflexões acerca de temas concernentes à história e memória municipal.

Ao reconhecer o Ipitanga como nascedouro ancestral, reafirma-se no imaginário popular a matriz indígena e, mais que isso, registra-se nesse solo e tempo, um olhar sensível à necessidade de acolher o passado para gestar e reger o futuro.
De tal entendimento, aliás, e tendo em vista o ativismo ideológico exercido pelo célebre e saudoso Poeta de Ipitanga, Tude Celestino de Souza (pioneiro na defesa da memória municipal associada ao rio e considerado precursor da ideologia "ipitanguense" pela identidade de Lauro de Freitas, falescido em 21 de Julho de 1989), decorre a instituição do DIA MUNICIPAL DA MEMÓRIA DO IPITANGA - 21 DE JULHO, estabecendo um calendário oficial para o debate e reflexão do binômio ancestralidade e identidade.

Ressalte-se que a essa iniciativa subjaz um importante elemento  diferencial do município como protagonista de uma atitude inovadora com potencial de inspirar outras localidades em cujos patrimônios memoriais se resguardem pertencimentos vários e sua própria identidade, a exemplo dessas terras de águas vermelhas por nascimento - indígena, portanto, desde Pindorama. 

Eis aqui, então, a nobre missão "dos filhos deste solo", desses filhos do Ipitanga, desse povo, desde sempre, ipitanguense, desse povo cujo "brado retumbante" se faz ouvir às margens de um outro rio de águas vermelhas - já que, tanto Ipiranga quanto Ipitanga, sejam, por definição tupi,  rio vermelho: ressignificar e empreender seu futuro e identidade, reverenciando a memória de suas águas primeiras, de suas águas-pitanga, que, afinal, como nos disse Vygotsky, "o que diferencia o homem do animal é o exercício do registro da memória humana".

Por: Tina Tude


*Tina Tude é atriz e educadora.  Fundadora do CMCLF - Conselho Municipal de Cultura de Lauro de Freitas e membro da ALALF - Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas. Além de intérprete e guardiã da obra do poeta Tude Celestino de Souza, colabora com iniciativas pela educação e cultura, como Amantes de Conhecimento, Cepa e Fala Escritor. Ativista social, agente cultural e  consultora educacional, é Idealizadora e Presidente de Honra da ONG ATiTude CelesTina - Educação, Cultura, Cidadania e Ambientalismo, que atua em ativismo pela salvaguarda das pertenças ancestrais e identidade ipitanguense no território do município de Lauro de Freitas - RMS -  Bahia - Brasil.

quinta-feira, julho 2

Marco Aurélio critica 'pedaladas regimentais' para aprovar redução da maioridade

ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Marco Aurélio Mello criticou nesta quinta-feira (2) as "pedaladas regimentais" utilizadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para aprovar o texto que reduziu a maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.
"A matéria constante de Proposta de Emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. E nesse período muito curto de 48 horas, não tivemos duas sessões legislativas", afirmou Mello, em entrevista à Radio Estadão. 
Sem citar Eduardo Cunha, Marco Aurélio criticou a postura. "Vivenciamento tempos muito estranhos. Com perda de parâmetros, abandonos de princípios. Não se avança culturalmente assim. Abandonando a Constituição Federal, isso é um retrocesso", criticou o ministro.
O magistrado repetiu seu posicionamento contrário à redução da maioridade penal. "Não é a solução, e acaba dando uma esperança inútil à sociedade. Como se após esta redução, tivéssemos melhores dias. Precisamos combater as causas", afirmou. 
Sobre a argumentação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que emenda seria um texto diferente do rejeitado, mas com emendas aglutinativas, Marco Aurélio diz que “há argumento para tudo” e que, “quando se quer fazer alguma coisa, sempre há uma justificativa”. "Estou dizendo apenas como eu leio a Constituição Federal. Quem sabe eu precise a essa altura da vida ser alfabetizado? A coisa é tão clara... Estamos cansados de dizer isso em plenário. Eu não estou ressuscitando ponto de vista. É o que eu fiz nestes 25 anos no Supremo. Será que o Supremo errou tanto até aqui?", ironizou.
Fonte: Jornal do Brasil

domingo, junho 28

“Neto precisa explicar origem de fortuna que herdará da família”, diz Solla.



O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) reagiu às acusações contra o PT feitas pelo prefeito ACM Neto (DEM) durante entrevista de Rádio em Salvador, na manhã desta sexta-feira (26). Para Solla, “soa no mínimo cínico o prefeito acusar indiscriminadamente membros do PT de enriquecimento ilícito. Ele precisa antes explicar para a Bahia como com um salário de funcionário público seu avô acumulou a fortuna que hoje está nas mãos de seu pai e que ele receberá como herança", disse. 


O petista destaca a importância da proposta de mudanças no Código Penal Brasileiro enviada pela presidente Dilma ao Congresso no pacote anticorrupção – que transforma o enriquecimento sem a comprovação da origem dos recursos em crime, com pena de 3 a 8 anos de prisão. “Se essa lei existisse na década de 80 evitaria que o ex-senador Antônio Calos Magalhães saísse impune após acumular fortunas em pouquíssimo tempo, um sucesso empresarial sem precedentes na área da Comunicação”, disse Solla.

O deputado desafiou o prefeito a comparar a evolução patrimonial dos membros da bancada do PT com os deputados do DEM nos últimos 30 anos. “Sou médico, como era o ex-senador, e sou político, como ele também foi. Agora olha para o meu patrimônio e olha a fortuna que Neto herdará do avô. São mais de meio bilhão de reais que saíram de alguém que saiu não tinha nada. A diferença é que não aproveitei para abrir hospital quando estive secretário. O ex-senador usou o poder que tinha como Ministro das Comunicações em benefício próprio, para montar um império da TV, rádio e jornal na Bahia”, completou Solla.

Dirigente da Comissão Nacional de Escravidão Negra da OAB pede processo contra Dunga por racismo



RIO - Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) empenhados na luta contra o racismo criticaram o técnico Dunga por suas declarações de que ele parece afrodescente (negro), de ‘tanto que apanha e que gosta de apanhar”. Para Humberto Adami, presidente da Comissão Nacional de Escravidão Negra do Conselho Federal da OAB, o técnico brasileiro deveria ser formalmente acusado e processado por injúria racial e racismo, já que ofendeu não um indivíduo, mas toda a comunidade negra do país.

— Dunga está totalmente errado e expressa preconceito, podendo ser enquadrado na prática de injúria racial e racismo. Ele pode ser acusado de praticar um crime, por ter exteriorizado que toda a população afrodescendente do Brasil gosta de apanhar. Assim, ele está dizendo que toda a população afrodescendente do país tem uma tendência ao masoquismo. Ele pode ser, sim, acusado de racismo, porque não atingiu um indivíduo, mas taoda uma população — declarou Adami. — Ele deveria pensar melhor se deve continuar neste caro, porque a seleção representa uma população cuja maioria de afrodescendentes. É uma população que não gosta de apanhar nem no futebol, nem na vida, que trabalha de sol a sol, que paga suas contas e anda na linha como aprendeu com seus pais, e não pode conrodar com isso.
Para o advogado, o que está por trás das declarações de Dunga é resquício da escravidão, ideias que ele deve ter aprendido na infância:

— Dunga, a população afrodescendente não gosta de apanhar. Essa é uma ideia muito errada, e você é ultrapassado como técnico e como ser humano. Você tem de entender que suas palavras têm repercussão. Imagine um menino negro que quer se espelhar nele e o ouve afirmar que negro gosta de apanhar, ou as mulheres negras ouvirem-no dizer isso. Creio que qualquer pessoa pode apresentar uma representação à ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir, órgão da Presidência da República) e ao Ministério Público Federal.

Já o presidente da Comissão de Igualdade Racial-CIR/ OABRJ e coordenador nacional de comunicação do Movimento Negro Unificado, o advogado Marcelo Dias, disse concordar parcialmente com as declarações do treinador, enbora considerando ridícula uma parte do que ele afirmou.


— O ridículo é dizer que a população negra gosta de apanhar. Pelo contrário. Até porque temos uma história de luta e de resistência. Esta parte da fala dele vamos rechaçar. No esporte, os responsáveis tentam, a todo momento, minimizar o racismo e a chaga da escravidão no país. Não podemos permitir que o técnico da seleção tome atitudes como esta. Ele merece que a OAB-Rio apresente uma representação contra ele. Racismo é crime, e vamos oficiar sobre o assunto à CBF na segunda-feira. Vamos reivindicar uma retratação pública por parte do Dunga — antecipou.
Dias reconheceu, porém, que há algo de verdadeiro no que o técnico da seleção declarou.

— É que a comunidade afrodescendente apanha muito no Brasil. Sofremos há mais de 500 anos o massacre da juventude negra — analisou Dias.


Fonte: O Globo

quinta-feira, junho 25

Pregadores declaram guerra à capoeira


                                                           (Mestre Regi, Professor Gerson)

Não bastassem os fatos de ódio e intolerância religiosa que pipocam por todas as partes do país e já despertam preocupação da sociedade, fundamentalistas resolveram aqui em Lauro de Freitas perseguir a prática da capoeira, atividade lúdico-esportiva centenária e de resistência que é considerada patrimônio imaterial da humanidade.

A denúncia é do professor Gerson, da Associação Beneficente Cultural Filhos de Oxossi Guerreiro, figura carimbada da capoeira municipal, que desenvolve um importante trabalho de resgate e ocupação do tempo ocioso de vários adolescente no conjunto habitacional Dona Lindu, Portão, Pitangueira e Lagoa dos Patos. Gerson é aluno do mestre Regi.

O fato ocorreu ontem, 24/06 durante um culto religioso, realizado no setor C do residencial Dona Lindu, quando o pregador se dirigiu à adolescentes, alunos do professor Gerson e os aconselhou abandonar a capoeira, sugerindo que seria uma prática diabólica.

Indignados com a postura do pregador, alunos, moradores e simpatizantes da capoeira procuraram o professor Gerson que foi tirar satisfações. Uma grande discussão foi gerada e a turma do deixa disso atuou no sentido de acalmar os ânimos.

Vários professores e mestres de capoeira solidarizaram com professor Gerson e o incentivaram a continuar sua luta pela vida da juventude que está a sua volta. O Mestre e artista Tonho Matéria ao ser informado do ocorrido também se manifestou.

“é preciso entender que a cultura é livre. A religião sim, limita as pessoas, mas a cultura liberta. Todos somos livres e temos o direito de fazer aquilo que gostamos. Cada um em seu cada qual. Fatos como esses não podem tornar a acontecer, a capoeira é uma pratica do bem, só faz o bem a mente e ao corpo, confundir cultura com religião é falta de entendimento, é ignorância. Afirmou”.

A presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Sandra Regina, alerta que essa não é uma pratica isolada e que muitos outros casos podem ser observados em lugares diferentes da cidade. Ela pede que as autoridades tomem providencia. 

quarta-feira, junho 24

Atrás apenas de EUA, China e Rússia, Brasil tem 4ª maior população carcerária do mundo



De acordo com novo relatório do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen), o Brasil teve um crescimento de 7% no número de prisões, com uma população carcerária que chega a 607.731 pessoas. Os números do país são os quartos maiores do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia. O documento reúne dados de junho de 2014 e mostra um crescimento de 161% no total de presos desde 2000, quando o país contabilizava 233 mil pessoas no sistema prisional. Caso siga estas projeções, o Brasil terá cerca de 1 milhão de presos no ano de 2011 e em 2075, uma em cada 10 pessoas estariam presas. Hoje o Brasil já soma cerca de 300 presos por 100 mil habitantes, e em alguns estados a proporção é ainda maior, a exemplo de Mato Grosso do Sul, onde há 569 presos a cada 100 mil habitantes, ou em São Paulo, cujo índice é de 497 por 100 mil habitantes. 

Fonte: Bahia Noticias