O mês da consciência negra em Lauro de Freitas foi marcado por uma série de atividades que conduziu a população a voltar sua atenção para a incansável luta de negros e negras no combate ao racismo.
O projeto intitulado Novembro Negro que se refletiu em todo o país agregou uma extensa agenda contendo seminários, audiências públicas, sessão especial na Câmara de Vereadores, amarração de ojás e caminhadas.
As atividades marcaram uma nova página da luta racial na cidade de Lauro de Freitas. A participação do poder público municipal através da Superintendência de Promoção da Igualdade Racial foi o diferencial na construção da agenda negra na cidade. O Novembro Negro conseguiu não só fomentar e financiar as atividades, como também intensificar a relação entres as organizações negras do município.
• Seminário
O projeto intitulado Novembro Negro que se refletiu em todo o país agregou uma extensa agenda contendo seminários, audiências públicas, sessão especial na Câmara de Vereadores, amarração de ojás e caminhadas.
As atividades marcaram uma nova página da luta racial na cidade de Lauro de Freitas. A participação do poder público municipal através da Superintendência de Promoção da Igualdade Racial foi o diferencial na construção da agenda negra na cidade. O Novembro Negro conseguiu não só fomentar e financiar as atividades, como também intensificar a relação entres as organizações negras do município.
• Seminário
O seminário Palmares contra o Racismo foi um momento importante que abordou a aprovação do estatuto da promoção da igualdade racial. Um debate bastante rico elencou os pontos positivos e negativos do estatuto e quais as perspectivas futuras pro movimento negro.
• Amarração de Ojás
Na madrugada do 20 de novembro, adeptos do candomblé se reuniram em Lauro de Freitas para fazer a amarração de ojás. A atividade faz parte do calendário do novembro negro. As árvores das praças, canteiros e jardins amanheceram amarradas com panos brancos, simbolizando a paz e ao mesmo tempo e disposição do povo de matriz africana em lutar por seus direitos.
Lauro de Freitas é uma cidade onde a incidências de intolerância religiosa acontecem cotidianamente fortalecendo o ódio religioso difundido em templos, escolas e até nos espaços de poder.
Essa ação dos adeptos de candomblé pode ser entendida antes de tudo, como uma proposta real de debate e da necessidade de se dialogar e reeditar conceitos e preconceitos a respeito da religiosidade de matriz africana na cidade. Uma luta coletiva encestral e contemporânea que une moviemnto social e poder público.
Lauro de Freitas é uma cidade onde a incidências de intolerância religiosa acontecem cotidianamente fortalecendo o ódio religioso difundido em templos, escolas e até nos espaços de poder.
Essa ação dos adeptos de candomblé pode ser entendida antes de tudo, como uma proposta real de debate e da necessidade de se dialogar e reeditar conceitos e preconceitos a respeito da religiosidade de matriz africana na cidade. Uma luta coletiva encestral e contemporânea que une moviemnto social e poder público.
• Sessão especial
A sessão especial na Câmara de vereadores reuniu personalidades do movimento negro que debateram as relações do movimento com os poderes instituídos. Apesar de Lauro de Freitas está bem a frente de outros municípios do Brasil no que se refere à questão racial, ficou nítido nessa sessão á necessidade de se fazer cada vez mais investimentos na estrutura dos organismos que lidam com a causa, afinal de contas, não é toda cidade que tem sua população formada de 82% negros e negras.
Foi ainda nessa sessão indicada pelo vereador Lula Maciel (PT), que integrantes do movimento negro chamou atenção dos vereadores sobre a necessidade que contemplar a simbologia religiosa de outros seguimentos que não se sentem contemplados com a leitura de um trecho bíblico no início de cada sessão na câmara. Para o MNU todos os outros seguimentos religiosos da cidade precisam ter seus símbolos representados nesse espaço de poder e se a lei que respalda essa representatividade não contemplar a diversidade religiosa presente na cidade será considerada racista.
Foi ainda nessa sessão indicada pelo vereador Lula Maciel (PT), que integrantes do movimento negro chamou atenção dos vereadores sobre a necessidade que contemplar a simbologia religiosa de outros seguimentos que não se sentem contemplados com a leitura de um trecho bíblico no início de cada sessão na câmara. Para o MNU todos os outros seguimentos religiosos da cidade precisam ter seus símbolos representados nesse espaço de poder e se a lei que respalda essa representatividade não contemplar a diversidade religiosa presente na cidade será considerada racista.
• Caminhada Cor da Cidade
A oitava caminhada a cor da cidade reuniu cerca de 1500 pessoas no bairro de Itinga que caminharam da Terraplac ao Largo do Caranguejo ao som das bandas Zâmbia e Aticun.
No Largo do Caranguejo outros grupos culturais a exemplo de Germano Cruz, Suwing do Abaeté, Filhos do Mar, Família Reggae e Bankoma deram o tom da cultura negra à principal preça de Itinga.
Foi na praça também que Cadinho, neto do senhor Antonio Caranguejo, recebeu em nome do avô, a placa do MNU em reconhecimento a importante contribuição que o mesmo teve frente à preservação da identidade negra no bairro de Itinga.
O novembro negro foi construído por uma Comissão Organizadora formada por membros dos movimentos sociais e poder público. O patrocínio ficou a cargo da SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade – Governo Federal), SEPROME (Secretaria de Promoção da Igualdade – Governo Estadual), SEDES (Secretaria de Desenvolvimento Social – Governo Estadual) e o Governo Municipal).
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