Os números apresentados pelo governo municipal de Lauro de Freitas estão longe de ser considerado “prestação de contas”. Parecem muito mais uma exposição contábil onde a relação gasto/arrecadação ecoam numa perfeita sintonia de “pardais”.
No entanto, é preciso muito mais que do que harmonia numérica para imprimir respeito e transparência ao contribuinte.
A história nos mostra exemplos em que os maiores casos de corrupção e desvios de verbas públicas, aconteceram em ambientes em que os números contábeis eram sincrônicos e consoantes. Nesse sentido, entendemos que é preciso muito mais que números e números.
Gestores públicos precisam mostrar na real onde foi colocado o real. Exemplo. Se foram gastos cem mil reais na compra de equipamento escolar é necessário que não falte carteira nas salas de aula.
Se constar na prestação contábil que determinado valor foi gasto para pavimentação asfáltica, significa que não pode haver buracos nas vias públicas. Se foi justificado gasto do dinheiro público no saneamento básico, significa que as ruas não podem alagar quando chover.
Se não houver essa verdade entre o que se arrecada, o que se diz ter gasto e o que realmente foi investido, surge um espaço obscuro que serve para insinuações e especulações diversas que podem colocar em cheque a credibilidade do governo.
Com isso chegamos à conclusão que prestação de contas do dinheiro público não é apenas um exercício de contabilidade, é uma sincronia entre o que se arrecada, o que se gasta e o que se comprova no real concreto no dia-dia, é o que se vê nas ruas, praças, escolas e hospitais.
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