Policias Militares espancaram brutalmente o morador, Valter Silva Santos, na tarde de quarta feira (09/02) na rua Antônio Fernandes localizada no Fazendão, bairro de Itinga, Município de Lauro de Freitas.
Tudo ocorreu durante um protesto organizado pelos moradores que reclamavam da intensa movimentação de caçambas e carretas que todos os dias fazem o transporte de material para uma obra que a OAS realiza no Fazendão e tem causado rachaduras nas casas, afundamento do asfalto, além de provocar doenças respiratórias, devido a poeira que é suspensa ao ar na passagem desses veículos.
O protesto foi organizado para reivindicar que a construtora OAS também passe carros pipas para conter a poeira. Durante o protesto, o ônibus transportando jogadores do Esporte Clube Bahia, que ainda treinam no local, foi impedido de passar. A polícia foi acionada, e ao chegar ao local, segundo moradores, agiu de forma violenta, xingando pais e mães de família. Além de algemar e espancar um portador de deficiência física, ameaçou esmurrar uma senhora de 65 anos de idade.
Segundo Valter, apesar de estar imobilizado e algemado foi agredido várias vezes com tapas no rosto. Ao ser conduzido pelos PMs da ROTAMO, Valter foi levado ao hotel Marina Riverside, na estrada do Coco, onde ficou por mais de duas horas detido, esperando acabar o treino do time do Bahia.
Valter acusa ainda a PM de tentar coagi-lo a não denunciar a ação na corregedoria, com a promessa de não leva-lo a delegacia. Negado a possibilidade do acordo, Valter foi encaminhado a 27ª Delegacia em Itinga onde foi maltratado pelo delegado plantonista, Sr Nilton que tentou impedir que ele fizesse o exame de corpo de Delito. Chegando a insinuar que Valter seria usuário de drogas.
Após ser liberado Valter procurou a corregedoria da polícia onde registrou a queixa. A Campanha Reaja foi acionada pelos moradores e articulou para manhã de segunda-feira uma reunião com o Coronel Mascarenhas, Comandante Geral da Polícia Militar, na sede da polícia, onde será solicitada a imediata punição dos agressores.
A Campanha Reaja também recorreu ao ministério público para acionar a OAS. Os moradores querem ser indenizados pelos danos causados pela obra.
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