sexta-feira, janeiro 27

Rcismo no Iguatemi


Por volta das 16hs da tarde de quarta feira. Lira e mais dois colegas de trabalho faziam um lanche na Perini do Shopping Iguatemi durante o intervalo de trabalho. No caixa, um homem branco tentou furar a fila e Lira se antecipou reivindicando o direito de ser atendido primeiro.


Os dois discutiram e a atendente do caixa afirmava que Lira estava na fila primeiro. Não conformado com a postura e autoestima de Lira o homem branco começou o insulto:


- Você é organizador de fila? Perguntava o branco a Lira na tentativa de provocá-lo.


A discussão continuou entre os dois e o homem branco vomitou seu racismo:
- o que é que você quer seu negro (preto) do cabelo fudido? Você quer sair na mão comigo?


Lira se recusou a brigar na mão e diante da agressão verbal se dirigiu ao segurança do shopping, que quando foi informado por Lira que se tratava de um crime de racismo se negou a dá assistência dizendo a Lira procurasse a polícia.


Nesse momento o branco que já fizera seu pagamento, saia da loja Perini. Líra o seguiu e em frente a Loja HP voltaram a discutir. O homem branco chegou a encostar por duas vezes a mão no rosto de Lira que revidou e derrubou o copo de vinho que ele segurava na mão. Os dois colegas de Lira se aproximaram e o branco entrou na loja HP dizendo que os três jovens queriam rouba-lo, que estavam se juntando para pega-lo.


Com a confusão formada os seguranças do shopping resolveram então agir. Levaram os três jovens negros e o branco para área de segurança no fundo do shopping.


Tentavam apaziguar a situação, mas Líra não aceitou nenhum tipo de negociação. Pediu que os seguranças chamassem a polícia, pois se tratava de crime de racismo.

Quando a PM chegou, acreditamos que fora orientada pelos seguranças do shopping, nem permitiu que Lira e os jovens se pronunciassem. Levou os três jovens espremidos na mala da viatura, enquanto o branco no interior do carro era chamado de senhor. A PM chegou a ameaçar algemar os jovens negros.


A campanha Reaja e outros militantes negros quando acionados se dirigiram imediatamente a 16ª delegacia no bairro da Pituba. O advogado acionados pela campanha Reaja, Zé Raimundo, acompanhou Lira no depoimento e teve que exigir que no depoimento constassem detalhes ditos por Lira e que a autoridade policial se negava a registrar, alegando que tinha coisas mais importantes pra fazer.


As 20hs saímos todos da delegacia. Segundo nosso advogado, delegado não concluiu o termo circunstancial. Não tipificou o fato e nem houve enquadramento. Ou seja Lira ainda pode sair como o agressor nessa situação.


*Obs.


1- Lira foi orientado, pelo delegado, a esperar uma intimação chegar em sua casa.


2- Um dos PMs que conduziu os jovens a delegacia exigiu que Lira desse nome, endereço e telefone.

Um comentário:

  1. é terrível. não sei..... qual é o fututo do negro neste país? somos todos atingindos: afrodescentes e negros africanos. devemos unidos pela luta. não podemos nunca abrir a mão nessa sacanagem que faz a polícia do brazil e especialmente nesta grande metrópole, São Paulo.

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