O seminário de juventude realizado pela secretaria municipal de governo na última quinta feira dia 11 dezembro foi um fiasco. Um conjunto de organizações negras que participava do seminário, se retirou por entender que a atividade era ilustrativa e não trazia solidez para a juventude negra da cidade.
Quem também se retirou do seminário foi a Juventude Socialista que reclamou a forma com que a atividade foi construída e levantou dúvidas sobre o verdadeiro pano de fundo do seminário. Já a Juventude Comunista, a quem a prefeita Moema confiou à divisão de juventude, nem compareceu ao seminário, por não admitir a truculência e deslealdade dos organizadores do evento.
Quem também se retirou do seminário foi a Juventude Socialista que reclamou a forma com que a atividade foi construída e levantou dúvidas sobre o verdadeiro pano de fundo do seminário. Já a Juventude Comunista, a quem a prefeita Moema confiou à divisão de juventude, nem compareceu ao seminário, por não admitir a truculência e deslealdade dos organizadores do evento.
No entanto, os motivos da juventude negra estão longe de ser partidários ou administrativos. Nossa juventude rejeita políticas públicas que não questionem o modelo de estado da qual estamos submetidos.
Entendemos que não devemos participar dessa dualidade que o estado brasileiro se submete. Cria-se departamentos para desenvolvimento da juventude, ao mesmo tempo em que permite que a polícia extermine 18 mil jovens de janeiro a junho de 2008. Cria-se secretarias e departamentos de Igualdade racial, ao mesmo tempo em que tolera que a formação da polícia contenha jargões tipo:
“ o interrogatório é muito fácil de fazer, pega o favelado e dá porrada até doer,
Entendemos que não devemos participar dessa dualidade que o estado brasileiro se submete. Cria-se departamentos para desenvolvimento da juventude, ao mesmo tempo em que permite que a polícia extermine 18 mil jovens de janeiro a junho de 2008. Cria-se secretarias e departamentos de Igualdade racial, ao mesmo tempo em que tolera que a formação da polícia contenha jargões tipo:
“ o interrogatório é muito fácil de fazer, pega o favelado e dá porrada até doer,
o interrogatório é muito fácil de acabar, pega o favelado e dá porrada até matar;
“bandido favelado não se varre com vassoura,
“bandido favelado não se varre com vassoura,
se varre com granada, com fuzil e com metralhadora;
“homens de farda qual é sua missão?
“homens de farda qual é sua missão?
é entrar pela favela e deixar corpo no chão.”
Essa trilha sonora que é utilizada na formação da polícia revela o motivo da nossa insegurança com relação ao estado brasileiro. Não sabemos de que lado estão essas instituições que administram o estado e nem a serviço de quem elas trabalham. Um exemplo disso foi visto no domingo, durante lavagem do Caranguejo, quando um representante do executivo municipal induziu nossos ativistas a pedir desculpas a uma sargenta desequilibrada da PM que promovia um show de horrores na praça. Os militantes da PCE denunciaram a violência e instruíram os jovens como se defender dos abusos.
De nada vale tantos esforços na criação destes tais departamentos se esse nosso estado não primar pela vida de nossos jovens. Não adianta o poder público de um lado criar um departamento de juventude se numa festa de largo, como a ocorrida em Itinga no fim de semana passado, o mesmo poder público envia o batalhão de Choque e o GATE para o local da festa. Qual o objetivo desse estado ao mandar uma polícia de enfrentamento para uma festa cheia de jovens negros que a polícia adora chamar de traficante. Qual é o objetivo?
Nós estamos praticamente sós e não podemos nos permitir alinhar com estruturas duvidosas. A história nos mostra que essas relações costumam engessar ou até amordaçar organizações sérias e comprometidas com mudanças sociais. Mostra ainda que essas estruturas de fazer de conta, não tem orçamento digno; o DPIR que o diga. Continua fragilizado, sem carro, sem telefone, sem computador que preste e outras debilidades. Não estamos dispostos a isso e nem condenamos quem está. Mas queremos que nossa posição seja respeitada.
Respeitamos os negros que se submetem ao ópio institucional, mas não toleraremos cooptação nem aproximação vil. Toda e qualquer tentativa nesse sentido, será combatida e o sujeito da ação submetido ao constrangimento ideológico. Enganam-se quem acha que somos meninos e meninas de hip hop. Somos homens e mulheres maduros e maduras, possuidores de uma vitalidade ancestral que nos orienta nos guia seja através da leitura histórica de nosso povo, seja pela intuição ou ainda pela leitura dos búzios por aqueles(as) que guardam nossos segredos.
Essa trilha sonora que é utilizada na formação da polícia revela o motivo da nossa insegurança com relação ao estado brasileiro. Não sabemos de que lado estão essas instituições que administram o estado e nem a serviço de quem elas trabalham. Um exemplo disso foi visto no domingo, durante lavagem do Caranguejo, quando um representante do executivo municipal induziu nossos ativistas a pedir desculpas a uma sargenta desequilibrada da PM que promovia um show de horrores na praça. Os militantes da PCE denunciaram a violência e instruíram os jovens como se defender dos abusos.
De nada vale tantos esforços na criação destes tais departamentos se esse nosso estado não primar pela vida de nossos jovens. Não adianta o poder público de um lado criar um departamento de juventude se numa festa de largo, como a ocorrida em Itinga no fim de semana passado, o mesmo poder público envia o batalhão de Choque e o GATE para o local da festa. Qual o objetivo desse estado ao mandar uma polícia de enfrentamento para uma festa cheia de jovens negros que a polícia adora chamar de traficante. Qual é o objetivo?
Nós estamos praticamente sós e não podemos nos permitir alinhar com estruturas duvidosas. A história nos mostra que essas relações costumam engessar ou até amordaçar organizações sérias e comprometidas com mudanças sociais. Mostra ainda que essas estruturas de fazer de conta, não tem orçamento digno; o DPIR que o diga. Continua fragilizado, sem carro, sem telefone, sem computador que preste e outras debilidades. Não estamos dispostos a isso e nem condenamos quem está. Mas queremos que nossa posição seja respeitada.
Respeitamos os negros que se submetem ao ópio institucional, mas não toleraremos cooptação nem aproximação vil. Toda e qualquer tentativa nesse sentido, será combatida e o sujeito da ação submetido ao constrangimento ideológico. Enganam-se quem acha que somos meninos e meninas de hip hop. Somos homens e mulheres maduros e maduras, possuidores de uma vitalidade ancestral que nos orienta nos guia seja através da leitura histórica de nosso povo, seja pela intuição ou ainda pela leitura dos búzios por aqueles(as) que guardam nossos segredos.
Juventude Negra de Lauro de Freitas - Movimento Hip Hop
Desse jeito parceiro!
ResponderExcluirO caminho da ingerencia de nossas demandas por politicas setorias fajutas é logo ali na esquina. Do jeito q tá a conjuntura ñ podemos garantir plena lealdade dos "aliados". Vi as imagens da brutalidade fardada na praça do carangueijo, revitalizei mais uma vez minha revolta. Parabenizo a juventude negra de Lauro de Freitas não só pela coragem mas pela fidelidade ideológica a que se prestou. Resta saber agora quais são as cartas q estão colocadas e de q maneira vamos jogar. A nossa ausencia as vezes fala mas do q qualquer palavra de ordem mas é importante também futucar este frankstan mais de perto e firmar uma posição q ñ nos tome como "cabides de emprego" mas como empreendedores de politicas em favor de nossa gente. A retirada total de nossas forças politicas nesse bagulho pode ter um preço muito caro se ñ tivermos alertas para os constantes assedios do poder branco.
Desse jeito!
Liu ASFAP
Sobre o Seminário de Juventude. Mais uma vez venho afirmar que este governo está completamente falido, Essa é mais uma tentativa de realização e é mais um fracasso e agora da Segov. Meu Deus do céu, A prefeita só fará uma boa administração principalmente para a Juventude do nosso municipio apartir do instante em que reavaliar figuras de postos de comando. Entregar a organização de norteadores da Juventude no nosso municipio a segov e seu secretariozinho é desejar mal (mau) agoro pra galera. Como diz os evangélicos : Tá Amarrado!
ResponderExcluirFERNANDO LIMA
É pena o fracasso do seminário!
ResponderExcluirLamento profundamente
Sinto a necessidade urgente da discussão de políticas públicas para juventude
Principalmente para juventude periférica e menos favorecida econômicamente
Tenho 40 anos, mas sempre trabalhei com adolescentes e sinto a falta da discussão maior sobre a faixa etária e medidas afirmativas, principalmentes os movimentos culturais, sociais, econômicos, culturais .
Mas torço para que a juventude consiga se organizar independente do poder público e quando fizerem me convidem!Sou jovem de cabeça!
Beijos no coração
Isa isaeducar@hotmail.com
Parabéns Ricardo e equipe pelo nível da folha amo a leitura aqui apresentada