domingo, fevereiro 8

Intolerancia religiosa

Uma das manifestações mais notórias do racismo institucional pode ser destacada no tratamento dispensado às comunidades de matriz africanas (terreiros, quilombos, etc). São inúmeras as denúncias de mal atendimento e tentativas de ‘conversão’ nos espaços institucionais, provocados por servidores que professam sua fé e acreditam que os espaços institucionais que ocupam são uma extensão de seus templos religiosos.

Há também um grande questionamento por parte das lideranças religiosas de matrizes africanas, que reclamam da dificuldade do acesso a recursos públicos em detrimento de outros seguimentos, a exemplo do que segundo Cláudia Santos, ex-conselheira de Cultura, acontece no Fundo Municipal de Cultura, onde mais de 600 mil reais foram liberados para eventos católicos e evangélicos sem a devida avaliação e aval dos conselheiros.

Na Casa Legislativa, no grande expediente e nas intervenções dos edis, percebe-se com clareza a intolerância e a falta de compreensão do que significa aquela casa e do seu papel para a sociedade. Verdadeiras pregações são realizadas durante as sessões. “A sensação que tenho é que participei de um culto e não de sessão na câmara dos vereadores”, percebeu Paulo Sacramento, conselheiro do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR).



A caminhada realizada por militantes do movimentos negro, servidores públicos, artistas, grupos culturais e autoridades religiosas deu inicio as atividades do 20 de novembro.
As ingomas (atabaques) do Terreiro São Jorge Filhos da Goméia, saudaram e relembraram a luta dos negros malês no bicentenário do levante do Joanes, depois todos seguiram em marcha até o centro de referncia da cultura afrobrasileira ao som do afoxé do Korinagô.  

















A alvorada dos ojás reafirma a identidade étnica de matriz africana de Lauro de Freitas e resgata a tradição milenar que valoriza a vida, a paz e a harmonia entres os povos.

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